Nesta semana, o calendário católico está cheio de significado. Tivemos o Dia de São Judas Tadeu na terça (28) e teremos o Dia de Todos os Santos no sábado (1º) e, no domingo (2), o Dia de Finados — um período de lembrança, fé e esperança. Mas, independentemente da religião, uma coisa é certa: todas têm a fé como base. E sabe aquela velha ideia de que fé e dinheiro não se misturam? Pois é… cada vez mais pesquisas mostram que isso não é bem verdade.
A fé tem tudo a ver com a forma como pensamos, sentimos e nos comportamos diante do dinheiro: e é justamente isso que a psicologia financeira estuda: o lado emocional das nossas decisões financeiras.
Uma pesquisa feita nos Estados Unidos com jovens adultos revelou que 44% dos cristãos disseram que a fé influencia diretamente suas decisões financeiras — desde gastar, guardar e doar até fazer um orçamento.
Entre os que não têm religião, esse número cai para cerca de 20%.
Ou seja, para muita gente, a fé funciona como um norte, um guia que mostra o melhor jeito de lidar com o dinheiro no dia a dia. E não é só nos EUA. Na Indonésia, um estudo com mais de mil muçulmanos descobriu que, quanto mais importante a religião é na vida da pessoa, melhor ela administra suas finanças. Essas pessoas tendem a planejar mais, gastar com consciência e até sentir maior bem-estar financeiro.
O mesmo estudo mostrou que, quando a fé vem acompanhada de educação financeira, o resultado é ainda melhor. Fé + conhecimento = o combo perfeito.
Outro dado interessante vem da Alemanha. Pesquisadores descobriram que pessoas com prática religiosa constante, como católicos e protestantes, costumam ter menor tolerância ao risco financeiro. Elas preferem escolhas seguras, evitam dívidas e pensam mais no futuro.
É aquela mentalidade de "melhor poupar hoje para não faltar amanhã". Esse comportamento mostra que a fé também influencia a forma como lidamos com riscos, consumo e planejamento.
A crença ajuda a moderar impulsos e reforça o senso de prudência, uma característica essencial para quem busca estabilidade financeira.
O lado psicológico é igualmente poderoso. Um estudo publicado no Journal of Religion and Health mostrou que a religiosidade pode proteger a mente em tempos de crise financeira.
Pessoas com fé enfrentam dificuldades econômicas com menos estresse e ansiedade. Por quê? Porque a fé traz propósito, esperança e senso de comunidade: três ingredientes que ajudam a lidar melhor com a pressão do dinheiro.
No fim das contas, a fé mexe com tudo: emoções, hábitos e decisões. Ela influencia como gastamos, poupamos e reagimos quando as coisas apertam.
Mas vale lembrar: fé não substitui planejamento. Ter fé ajuda a manter o foco e a calma, mas é o conhecimento e a organização que transformam isso em resultados concretos. A fé dá direção. A educação financeira mostra o caminho.
*As opiniões do colunista não refletem, necessariamente, o posicionamento do Economia Real.
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