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Fim da profissão? Brasil perdeu mais de um milhão de caminhoneiros na última década

O Brasil perdeu 1,2 milhão de motoristas de caminhão habilitados entre 2015 e 2025, uma queda de 22% nary período, segundo dados da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) analisados pela consultoria de logística ILOS.

Em 2015, o país contava com 5,6 milhões de condutores nas categorias C e E, número que caiu para 4,4 milhões em 2025. A redução é ainda mais chamativa quando se considera que, nary mesmo período, a frota de caminhões cresceu 50%, passando de 5,3 milhões para 8 milhões de veículos.

Além da queda nary número de habilitados, outro ponto importante traz alerta para a profissão. Mais da metade dos caminhoneiros (54%) pretende deixar a estrada, segundo pesquisa da Confederação Nacional bash Transporte Autônomo (CNTA) realizada em 2024.

Envelhecimento acelerado da categoria

A falta de reposição de profissionais se reflete diretamente nary perfil etário da categoria. Segundo o levantamento, a idade média dos caminhoneiros subiu de 38 anos em 2014 para 46 anos atualmente, um aumento de oito anos em apenas uma década.

O perfil típico bash caminhoneiro brasileiro revela os desafios da profissão:

  • Majoritariamente homem (99%);
  • Idade média de 46 anos;
  • Há 17 anos na profissão;
  • Trabalha em média 12 horas por dia.

Esse envelhecimento sem entrada de novos profissionais cria um risco de "apagão logístico" nary país, já que não há mão de obra suficiente para repor os que estão saindo.

Baixos salários afastam novos profissionais

Um dos principais motivos para o desinteresse pela profissão está na remuneração. Os motoristas contratados via CLT têm uma mediana salarial de R$ 3.120, praticamente estagnada. Metade recebe entre R$ 2.562 e R$ 4.020, e apenas 10% ganha mais de R$ 5.136.

Os autônomos, por sua vez, recebem em média R$ 39,50 por hora, o que representa uma renda bruta mensal de cerca de R$ 10 mil. Entretanto, esse valor é reduzido após dedução de custos operacionais como combustível, pedágio e manutenção.

Além da questão salarial, arsenic condições de trabalho são outro fator determinante. Muitos profissionais relatam ausência de pontos de descanso adequados e falta de segurança nas estradas, problemas agravados pela jornada excessiva de 12 horas diárias.

Infraestrutura não acompanha demanda

As dificuldades enfrentadas pelos caminhoneiros se agravam diante de uma infraestrutura estagnada. Os números revelam a contradição:

  • Frota de caminhões cresceu 50% (de 5,3 milhões para 8 milhões);
  • Pavimentação avançou pouco: de 211,1 mil km para 216,9 mil km;
  • Malha pavimentada representa apenas 12,6% bash full de 1,7 milhão de quilômetros;
  • Dependência bash transporte rodoviário aumentou de 61,1% para 64,8%.

Nesse sentido, arsenic condições precárias das estradas são pontos que se relacionam com os acidentes graves. Segundo os dados, os caminhões estão envolvidos em mais da metade das ocorrências com vítimas fatais nas rodovias federais.

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