Publicado 06.02.2024 09:21 Atualizado 06.02.2024 10:11
Fome na Argentina não se resolve com arrogância, diz sindicato
A CGT (Confederação Geral do Trabalho), uma das principais centrais sindicais da Argentina, criticou a ministra do Capital Humano, Sandra Pettovello, por não ter recebido os manifestantes que formaram uma fila de mais de 20 quarteirões na 2ª feira (5.fev.2024) em frente a sede de do órgão. Segundo a central sindical, a ministra “exibiu a atitude política do governo nacional face às reivindicações” de organizações sociais.
A fila foi formada em resposta a uma declaração de Pettovello feita na 5ª feira (1º.fev). Um grupo foi à sede do ministério denunciar a redução da assistência alimentar a restaurantes comunitários. A ministra saiu do edifício e disse: “É assim que vou fazer. Vocês estão com fome? Venham um por um, vou anotar seu número de identificação, seu nome, de onde vocês são e vocês receberão ajuda individualmente”.
Depois da declaração da ministra, organizações sociais organizaram a chamada “fila contra a fome”, iniciada na porta do Ministério do Capital Humano. O porta-voz da Presidência, Manuel Adorni, disse que a ministra não receberia as pessoas. “Não era a intenção da ministra que as pessoas passassem mal ao Sol com estas temperaturas”, declarou. Pouco depois, a própria ministra declarou que não havia convocado as pessoas e que não as receberia.
“O último elo da dignidade humana esgota-se quando a necessidade mais básica, que é alimentar, não pode ser satisfeita”, escreveu a CGT em um comunicado divulgado na noite de 2ª feira (5.fev) no X (antigo Twitter).
“Perante a condição urgente da fome, não pode haver outra prioridade senão uma resposta ativa e uma atitude de compaixão” que se sobreponha “a qualquer posição ideológica”, disse a central sindical.
A CGT declarou que não se pode esperar para resolver “a situação de indigência e pobreza estrutural de pessoas vulneráveis”. Segundo a organização, “o risco de uma crise alimentar com consequências imprevisíveis” está próximo, uma vez que “as diferentes variáveis econômicas” estão “compondo um panorama invulgarmente crítico” para os próximos meses.
“Não é com a arrogância de fechar as portas a quem reclama, nem com a indiferença de se fazer de surdo a quem precisa, que conseguiremos avançar num quadro de sanidade e diálogo em busca de soluções”, concluiu.

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