Football Manager 26 vale a pena? Confira as nossas primeiras impressões

Essa talvez seja a maior mudança do game e também a mais polêmica. Os novos menus de jogo estão totalmente repaginados, com mudanças significativas na navegação e fluidez. Ainda está tudo ali, mas agora reorganizado em locais diferentes, divididos em espaços que se assemelham aos menus do EA FC. Para quem nunca jogou as versões anteriores e está tendo a sua primeira experiência, pode ser tranquilo se acostumar. Entretanto, para os jogadores mais antigos isso representa uma grande dor de cabeça.

Como fã e jogador da franquia há quase 10 anos, confesso que ainda enfrento dificuldades para achar todas as áreas de comando. Ao entrar pela primeira vez no jogo tive um combo de informações aleatórias, e não tão relevantes, jogado na minha cara. Enquanto isso, coisas importantes, como informações de transferências, lesões e dados dos jogadores, estão mais escondidas. O modelo anterior era simples e sóbrio, deixando tudo muito simples de ser encontrado.

A nova interface parece apostar mais em se encaixar no mundo dos consoles, sendo mais adaptada para a navegação com controle. Apesar disso, acredito que as mudanças possam ser mais digeridas com o tempo. Por enquanto, a experiência é como se tivesse novamente a experiência de abrir o jogo pela primeira vez e se ver perdido em um mar de informações.

Aqui temos o grande ponto positivo para mim. Apesar de estar longe do nível de detalhes do EA FC ou do eFootball, a mudança para o motor Unity fez FM 26 dar um grande salto em relação ao lançamento anterior. Os estádios apresentam melhor ambientação, com sombras mais realistas e iluminação diferente de acordo com a competição disputada. Porém, o nível de detalhes das construções e da torcida deixa muito a desejar, atrapalhando o que poderia ser uma jogatina ainda mais imersiva.

Além disso, as mecânicas dos jogadores melhoraram ainda mais que a aparência. Chutes, passes, dribles, posicionamento e principalmente as bolas paradas estão muito mais realistas e com repertório mais variado. Contudo, ainda longe de ser algo extremamente próximo aos movimentos de uma partida real. Importante lembrar que a bola rolando e os gráficos nunca foram o principal destaque ou foco do Football Manager.

Ponto central do jogo, as táticas também estão de cara nova, algo que não acontecia há, no mínimo, três edições. Agora, você deve montar uma formação para momentos com posse de bola e outra para sem a bola. Além disso, algumas antigas opções de funções de jogadores, como mezzala, foram removidas, e outras 25 novas alternativas adicionadas.

Tudo isso transformou completamente a experiência de montagem e de jogo da nova versão, permitindo novas combinações e exigindo mais conhecimento do jogador. Isso porque, agora você também deve planejar a transição defensiva e ofensiva e, em caso de erro na montagem, seu time será facilmente goleado. Para alguns isso pode parecer chato, mas as mudanças trouxeram um novo nível de desafio para quem estava sentado em cima do mesmo estilo de jogo nos últimos cinco anos.

Fora desde o fim da parceria com a EA Sports, a FIFA retorna ao mundo dos games em uma parceira inédita com o Football Manager. A versão desse ano contará com um modo especial para a Copa do Mundo de 2026, ainda a ser lançado. Além disso, o jogo normal também terá a competição licenciada, afastando as especulações de que não seria possível dirigir seleções nacionais, o que é uma verdade neste momento, mas irá mudar com a nova atualização.

Ainda, este ano também trouxe o licenciamento completo da Premier League, fazendo com que todo o ecossistema do futebol inglês esteja com a identidade visual de placares, logos e troféus incluídos no jogo. Isso se dá não só no futebol masculino, mas também no feminino, novidade do ano, que conta com as duas divisões inglesas também licenciadas. Além da Inglaterra, o jogo também tem as primeira divisões femininas de Alemanha, Itália, Estados Unidos, Japão, Suécia, Dinamarca, País de Gales, Austrália e a UEFA Women's Champions League.

Na minha opinião, sim, valeu a pena esperar. Apesar de ainda ter que lidar com bugs e estar enfrentando dificuldades para se adaptar aos novos menus, eu acho que a franquia precisava se renovar. O novo motor gráfico traz um mundo de possibilidades ainda pouco explorado na gameplay, e as abordagens táticas trazem novos desafios. Mesmo não estando à venda oficialmente no Brasil, ainda há formas legais de adquirir o jogo e, caso você tenha recursos, acredito que não irá se arrepender da compra.