A aeronave, da Azerbaijan Airlines, caiu nesta quarta-feira (25) perto da cidade de Aktau, no Cazaquistão (veja no vídeo acima o momento da queda). O voo ia para a cidade de Grózni, na Rússia. Das 67 pessoas a bordo, 38 morreram.
Três investigadores do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão brasileiro de investigação de acidentes aeronáuticos, foram enviados para o país asiático com objetivo de "oferecer suporte técnico à investigação" conduzida pelas autoridades locais.
Pelas redes sociais, o presidente da Embraer, Francisco Gomes Neto, informou que a fabricante de aviões brasileira também vai oferecer ajuda nas investigações.
Neto também prestou condolências a todos os afetados pelo acidente.
Presidente da Embraer se posiciona através de nota em redes sociais — Foto: Redes Sociais/Reprodução
Segundo a Reuters, quatro integrantes da investigação que está sendo feita pelo Azerbaijão, de onde o voo saiu, afirmaram à agência que um sistema de defesa russo fez disparos que atingiram o avião — na quarta, quando a aeronave caiu, havia relatos de que drones militares ucranianos sobrevoavam a região onde houve a queda, perto do sul da Rússia.
Um oficial do governo dos Estados Unidos também disse à Reuters que "indicações preliminares" apontam para o sistema de defesa russo.
Segundo resultados preliminares da investigação, o avião foi atingido Pantsir-S, um sistema de defesa aéreo russo, disseram ainda as fontes à Reuters. Além do choque, o GPS do avião também foram paralisados por sistemas de guerra eletrônica na aproximação de Grozny, também de acordo com a agência.
As fontes afirmaram ainda que o ataque ao avião não foi intencional, e que militares russos achavam se tratar de drones ucranianos.
A aeronave havia saído de Baku, capital do Azerbaijão, e tinha como destino a cidade russa de Grózni, capital da Chechênia. — Foto: Arte/ g1
Questionado sobre a hipótese, o vice-primeiro-ministro do Cazaquistão disse que seu governo "não confirma nem nega" que o míssil russo tenha sido a causa da queda.
Imagens do avião divulgadas na quarta-feira mostraram orifícios na cauda, e um site de monitoramento de voos indicou também que a aeronave sofreu interferência no GPS que a fez oscilar de altitude por mais de uma hora.
Nenhum dos três países que investigam o caso — Rússia, Cazaquistão e Azerbaijão — haviam comentado a informação até a última atualização desta reportagem. Nesta manhã, o porta-voz do Kremlin disse que Moscou não vai especular e que esperará as conclusões de uma investigação própria.
Especialistas periciam no dia 26 de dezembro de 2024 destroços do avião da Embraer que caiu perto da cidade de Aktau, no Cazaquistão — Foto: Ministério de Emergências do Cazaquistão/Reuters
Na quarta-feira, a Rússia chegou a dizer que o avião se chocou contra pássaros e, depois, que enfrentou forte neblina.
Jorge Leal, que é engenheiro aeronáutico, piloto e professor da USP, afirma que é pouco provável que o avião tenha caído no Cazaquistão depois de se chocar com pássaros, como dizem autoridades russas.
"Colisão com uma ave não derruba um avião, ele pode quebrar um motor, impactar no cockpit. É muito preliminar fazer qualquer tipo de especulação, vamos dizer, na medida que temos a indicação das autoridades locais ou de pessoas do Azerbaijão que parece que houve colisão com pássaro, dificilmente colisão com pássaro derruba avião", disse.
O chefe do Parlamento do Cazaquistão, Ashimbayev Maulen, também afirmou nesta quinta-feira que as causas da queda seguiam desconhecidas, mas prometeu que nenhum dos três países ocultará informações.
Queda de avião no Cazaquistão mata 38 pessoas
Comentários
Aproveite ao máximo as notícias fazendo login
Entrar Registro