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Galípolo vê inflação em trajetória planejada, mas cita riscos no radar

Estamos navegando como um navegador dos séculos XVI, enxergando uma milha e meia à frente para decidir o que fazer. Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central

Indicadores de inflação e atividade têm evoluído positivamente. O IPCA-15, prévia da inflação oficial, no acumulado em 12 meses, recuou de 4,94%, em outubro, para 4,50%, em novembro, pela primeira vez dentro do intervalo da meta de inflação perseguida pelo BC desde janeiro passado. Já a atividade econômica brasileira segue em ritmo de desaceleração, como mostrou o último IBC-Br (Índice de Atividade Econômica), prévia do PIB, que recuou 0,89% no terceiro trimestre de 2025. "O crescimento que está resiliente, respondendo a questões estruturais da economia brasileira e pela força de trabalho", afirmou.

Galípolo disse que o Banco Central segue acompanhando os dados econômicos para tomar as próximas decisões sobre juros. O presidente do BC destacou que o órgão continua guiado pela divulgação dos indicadores à medida que eles forem sendo revelados. E que, por isso, o BC "segue vigilante" e que "fará ajustes necessários em função dos fatos".

Eleições representam fonte de incertezas. O presidente do Banco Central admitiu que as eleições gerais ano que vem no Brasil podem trazer maiores oscilações de ativos nos mercados, mas destacou que as decisões do órgão serão feitas em função dos impactos efetivos que esse eventos tiveram na atividade econômica. "BC não faz juízo de valor sobre o que acha que eleição, mas como isso afeta a economia", disse.

Presidente do Banco Central alerta sobre mercado de crédito. Gabriel Galípolo afirmou que o órgão também acompanha com atenção o crescimento das operações de crédito, que desacelerou, mas segue crescendo. Essa conjuntura é mais preocupante, disse, porque está acontecendo em um ambiente de juros elevados, de inadimplência crescente e comprometimento recorde da renda das famílias com dívidas.

Estoque de crédito do sistema financeiro cresceu 10,2% a base anual em outubro. Segundo o documento estatísticas monetárias e de crédito, divulgado ontem pelo Banco Central, a inadimplência da carteira de crédito total do SFN cresceu de 3,2% para 4%. Entre as famílias, a taxa de inadimplência aumentou 1,3 p.p. em doze meses, para 6,7% da carteira. Já o endividamento das famílias situou-se em 49,1%, ante 48% um ano atrás, enquanto o comprometimento de renda com crédito também piorou, de 27,2%, há 12 meses, para a máxima histórica de 28,8%.

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