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George Santos defende tarifaço e diz que apoia Trump mesmo se ele atirar em alguém: 'Provavelmente acharia justificável'

Santos foi eleito para a Câmara pelo Partido Republicano, que é o mesmo partido de Trump. No entanto, o filho de brasileiros deixou a legenda após perder o cargo.

Atualmente, ele mantém um podcast chamado "Pants On Fire with George Santos" (Calças em Chamas com George Santos, em tradução livre). No episódio publicado no domingo, ele comentou diversos temas e afirmou que seu apoio ao presidente americano não mudará.

"Trump pode ir para a Quinta Avenida [em Nova York] agora mesmo e atirar em alguém, e isso não mudaria meu apoio a ele, porque eu provavelmente acharia justificável", disse.

Santos estava acompanhado da influenciadora Naja Hall e do gamer Steven Kenneth Bonnell II, mais conhecido como "Destiny". Ambos questionaram as declarações do ex-deputado. Hall, por exemplo, afirmou que ele estava completamente doutrinado e com o "cérebro frito".

Nos minutos seguintes, Santos defendeu o tarifaço de Trump. Ele disse que entendia as preocupações sobre o tema, mas afirmou que México e Canadá também impõem taxas contra os Estados Unidos.

Segundo ele, o acordo comercial entre os dois países vizinhos contém condições comerciais desfavoráveis. Para o ex-deputado, as tarifas podem ajudar a valorizar os produtos americanos, como o aço.

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A queda política de Santos começou quando a imprensa norte-americana revelou que grande parte de sua biografia divulgada durante a campanha eleitoral era falsa. Nas eleições de 2022, ele se apresentava como um empresário de sucesso formado em universidades renomadas.

No ano passado, Santos admitiu ter enganado eleitores e doadores, além de roubar a identidade de quase uma dúzia de pessoas, incluindo membros de sua própria família, para beneficiar sua campanha eleitoral. Com isso, declarou-se culpado à Justiça.

Como parte do acordo de confissão, ele concordou em pagar quase US$ 375 mil em restituições e US$ 205 mil em penalidades.

Na sexta-feira (4), promotores dos Estados Unidos pediram que Santos seja condenado a pelo menos sete anos de prisão pelas acusações federais de fraude e roubo de identidade.

A Procuradoria do Distrito Leste de Nova York argumentou que uma sentença severa era necessária, pois os "crimes sem precedentes" do ex-deputado "ridicularizaram" o sistema eleitoral do país.

Os promotores também afirmaram que Santos foi "arrogante e desafiador" por anos, chamando a investigação de "caça às bruxas" e se recusando a renunciar ao Congresso mesmo depois que suas mentiras foram expostas. Eles disseram ainda que as alegações de arrependimento do ex-deputado, "soam vazias" e sugeriram que ele tem uma "alta probabilidade de reincidência".

À Associated Press, a defesa de Santos classificou o pedido como "absurdo e infundado". Os advogados argumentaram que o ex-deputado não tem antecedentes criminais e que uma pena justa seria de dois anos de prisão.

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