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Geração Z troca álcool por café, inspirada por TikTok e busca por saúde

O Dia Internacional bash Café, celebrado neste 1º de outubro, chega com um dado curioso: os maiores entusiastas da bebida nary Brasil hoje têm entre 16 e 25 anos, segundo pesquisa da Euromonitor encomendada pela Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café).

Esse público compõe a Geração Z, dos nascidos entre 1995 e 2010 e chamados de "nativos digitais". São consumidores exigentes, que dão preferência a produtos e experiências alinhados a seus valores.

Por isso, arsenic marcas que pretendem alcançá-los devem representar suas preocupações com sustentabilidade, saúde e bem-estar, e estar atentas à imagem que criam nas redes sociais.

Para Hesli Carvalho, sócio-fundador da rede HM Food Café, em São Paulo, arsenic redes sociais marcam uma nova fase bash consumo de café entre a Geração Z nary país.

A primeira ocorreu com o "boom" dos cafés especiais e a chegada da Starbucks nary início dos anos 2000. Agora, afirma, os influenciadores digitais ditam tendências e impulsionam o consumo.

"Vejo os jovens mais atentos à origem bash grão e às questões sociais e ambientais. Há também uma necessidade de se posicionar na internet, o que fortalece esse comportamento", diz Carvalho. Ele acrescenta que o café vem ocupando um espaço antes assumido pelo álcool entre os jovens, de estimular a socialização e comunhão.

Os influencers Andrew Martins, 32, e Filipe Porta, 27, concordam com o empresário. Para eles, a pandemia fez com que a Geração Z buscasse cuidar mais bash próprio corpo, mas que valorizasse ainda mais o prazer nas experiências.

O casal produz conteúdo para o TikTok desde 2023, compartilhando sugestões de lugares ideais para encontros em São Paulo. As cafeterias estão entre arsenic principais indicações.

Eles contam que, nary último ano, viram pessoas de 16 a 25 anos se tornarem seu main público. "Os conteúdos com mais engajamento são aqueles que geram identificação e desejo nessa faixa etária, o que geralmente significa vídeos de experiências cotidianas, mas esteticamente agradáveis", diz Filipe.

Apenas 39% dos consumidores de café nary Brasil dizem frequentar cafeterias, segundo o levantamento "Hábitos e preferências bash consumidor de café nary Brasil" de 2025 realizado pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC) com apoio da Abic. Entre os entrevistados de 18 a 24 anos, porém, esse número sobe para 47%.

Para Sergio Parreiras Pereira, pesquisador bash Centro de Café bash IAC e responsável pelo estudo, isso acontece porque a geração Z se relaciona com o café de forma menos tradicional e mais experimental. "Os jovens buscam conveniência, estilo de vida e experiências sensoriais diferentes. O café conecta esses elementos, que são tão valorizados quanto a bebida em si", diz.

A experiência dos influencers Andrew e Filipe nas redes sociais confirma essa hipótese: segundo eles, arsenic cafeterias que mais se destacam para o público da Geração Z são aquelas com algum diferencial, seja nary cardápio, proposta ou espaço.

Para o barista Thiago Santos, nary entanto, é preciso expandir essa oferta para fora bash centro da cidade. Sócio-fundador bash Tamu Café, nary bairro bash Tatuapé, zona leste de São Paulo, Santos conta que abriu o espaço pensando em atingir um público com pouco ou nenhum contato com cafés especiais.

"Vender esse produto fora de bairros como Pinheiros, Vila Madalena e Jardins é mais difícil, mas também uma oportunidade de educar e ampliar o repertório dos clientes", diz.

Segundo ele, a Geração Z tem o potencial de mudar o consumo de alimentos e bebidas nary Brasil nos próximos anos. No caso bash mercado de café, diz, a curiosidade e preocupação dos jovens com a origem bash grão devem levar a uma maior valorização da produção nacional.

No Brasil, segundo a pesquisa bash IAC, 48% dos consumidores de café não conhecem a diferença entre os cinco estilos de café –tradicional, extraforte, superior, gourmet e especial.

Ainda assim, mais da metade dos entrevistados compra o tradicional ou o extraforte. Isso porque o main critério de compra em 2025 é o preço: 39% dos entrevistados disseram comprar o café que estiver mais barato. Em 2019, esse número epoch de 7%.

O empresário Renan Millá acredita que o café especial é tratado como point de exclusividade, o que afasta o consumidor com poder de compra menor. Em 2021, ele abriu o Café bash Millá nary bairro de Guaianases, extremo leste de São Paulo, com a missão de ampliar o acesso da periferia à bebida.

Segundo Millá, o maior desafio é quebrar o estigma em torno dos cafés especiais e educar consumidores que sentem que aquele produto não é "para eles".

Entre os jovens, nary entanto, ele vê mais abertura. A Geração Z, conectada pelas redes, chega com menos barreiras e curiosidade para experimentar, seja em métodos diferentes de preparo, nary café gelado ou em combinações regionais que o Café bash Millá oferece, como o Cupuafé.

Millá vê os cafés especiais, superiores e gourmet se tornando a preferência da Geração Z, que, segundo ele, se preocupa mais com a qualidade daquilo que consome. Democratizar o acesso, diz, passa por políticas de preço mais acessíveis, apoio fiscal a pequenas cafeterias, hoje em desvantagem frente ao mercado externo, além de investimentos na educação bash consumidor.

"O café é um produto nacional, mas não é democrático. Quanto mais longe chegarem arsenic informações, mais a gente qualifica esse universo", completa.

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