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Globalização à brasileira: BRF mira o Oriente Médio para ampliar mercado

Produção local em mercados estratégicos. O movimento integra uma ofensiva da empresa para consolidar sua atuação em mercados considerados estratégicos, como o halal e o asiático, via produção local, com foco na adaptação a exigências regulatórias e culturais dos mercados muçulmanos.

Três vezes mais produção. O projeto, que será operado pela BRF Arabia Holding Company — subsidiária da empresa e veículo da joint venture com a Halal Products Development Company, ligada ao fundo soberano saudita (PIF) —, mais que triplicará a capacidade de produção local da BRF, saltando de 17 mil para 57 mil toneladas por ano. A planta da fábrica, dedicada exclusivamente a produtos processados de frango e bovino, deve entrar em operação em meados de 2026.

"Somos líderes com a marca Sadia há mais de cinco décadas na região. Nossos investimentos na produção local cresceram nos últimos anos e acompanham os planos do Reino Saudita em se tornar a Arábia Saudita autossuficiente em carnes de frango até 2030. A demanda por alimentos processados também tem crescido rapidamente na região", disse o grupo em nota à reportagem.

O que está por trás da estratégia. Na avaliação da Euromonitor International, o investimento está alinhado às mudanças demográficas no Oriente Médio, como o crescimento populacional e a maior demanda por alimentos práticos e certificados halal. Até 2030, a população da Arábia Saudita deve chegar a 50 milhões de habitantes. Hoje são cerca de 30 milhões.

O contexto para investimentos na Arábia Saudita. Os investimentos estrangeiros também se mostram eficientes diante do plano Visão 2030, liderado pelo príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, que tem como objetivo reduzir a dependência do petróleo, criar uma economia diversificada e garantir a segurança alimentar.

O cronograma de investimento tem execução planejada para 2025 e 2026. Com desembolso de aproximadamente US$ 63 milhões em 2025 e US$ 98 milhões em 2026. "Estamos falando de uma expansão e consolidação de estratégia, e não desbravamento de um mercado novo", destaca Murasaki. A operação contará inicialmente com matéria-prima proveniente do Brasil.

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