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Golpe do 'Pix errado': como funciona e o que fazer para não ser vítima

O crescimento rápido da popularidade do Pix como meio de pagamento atraiu a atenção de criminosos. Entre as diversas fraudes associadas à ferramenta, o golpe do “Pix errado” merece atenção especial. Nesse esquema, o ladrão faz uma transferência para a conta de uma pessoa e, em seguida, entra em contato pedindo a devolução do valor, alegando erro. Ao tentar agir de boa-fé, o destinatário devolve o dinheiro — mas o criminoso também aciona o Mecanismo Especial de Devolução (MED), que bloqueia a quantia original e faz com que o sistema identifique a vítima como suspeita de fraude.

Por isso, desconfie de qualquer pedido de devolução via Pix feito por remetentes desconhecidos. Além disso, nunca devolva valores por meios alternativos: use apenas os canais oficiais disponíveis no aplicativo do seu banco. A seguir, entenda como o golpe do “Pix errado” funciona e o que fazer para não cair nessa armadilha.

'Caí no golpe do Pix, e agora?' Veja o que fazer e como recuperar

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Golpe do 'Pix errado': como funciona e o que fazer para não ser vítima

No índice abaixo, confira os tópicos que serão abordados nesta matéria do TechTudo.

  1. O que é e como funciona o golpe do 'Pix errado'
  2. Fui vítima: o que fazer?
  3. Como não cair no golpe do 'Pix errado'?

1. O que é e como funciona o golpe do "Pix errado"

A fraude começa quando o criminoso realiza uma transferência via Pix para a conta da vítima, geralmente com valores baixos e sem qualquer relação comercial. Em seguida, ele entra em contato alegando que o envio foi um erro e solicita o estorno imediato. O grande perigo surge nesse momento: em vez de pedir que a vítima devolva o valor pelo recurso de devolução disponível na área Pix dos aplicativos bancários, o golpista aciona o MED (Mecanismo Especial de Devolução), um recurso legítimo dos bancos. Quando isso acontece, o banco da vítima recebe uma solicitação de devolução e pode bloquear o valor automaticamente.

Nesse cenário, a pessoa lesada, em vez de ser protegida, passa a ser identificada como a autora do golpe, já que o criminoso se apresenta como o verdadeiro prejudicado. Assim, o criminoso recupera o valor que deu origem à fraude e ainda pode receber um adicional em razão da ação do recurso.

 Mariana Saguias/TechTudo Entenda como o golpe do 'Pix Errado' funciona — Foto: Mariana Saguias/TechTudo

2. Fui vítima: o que fazer?

Se você foi vítima do golpe do Pix errado, a primeira atitude é não devolver o valor imediatamente, mesmo que o remetente insista ou pareça convincente. Ao invés disso, entre em contato com o seu banco, informe o ocorrido e solicite orientação oficial. Além disso, não mantenha contato com o golpista e não forneça informações pessoais.

Se for necessário devolver o valor por conta própria, utilize exclusivamente o recurso de devolução do Pix disponível no aplicativo do seu banco. Essa é a forma segura e rastreável de realizar o estorno, pois impede que você seja responsabilizado por movimentações suspeitas caso o golpista acione o MED.

Por fim, faça um boletim de ocorrência (B.O.) para formalizar a situação e proteger seus direitos. Guarde todas as evidências possíveis, como comprovantes da transação, prints de conversas e dados do remetente, pois elas serão úteis em eventuais investigações ou disputas bancárias. Outras dicas você pode encontrar nesta matéria.

 Reprodução/Freepik Veja o que fazer se for vítima do golpe do 'Pix Errado' — Foto: Reprodução/Freepik

3. Como não cair no golpe do 'Pix errado'?

A recomendação número um é sempre desconfiar de qualquer mensagem que solicite a devolução de um Pix, principalmente se vier de desconhecidos ou for acompanhada de um tom de urgência. Uma tática dos golpistas é pressionar para que a vítima devolva o valor rapidamente, sem tempo para verificar a origem da transferência.

Caso o golpista consiga avançar no contato, consulte o extrato bancário e confirme se o valor foi realmente creditado. Se houver dúvida, entre em contato com o banco e peça orientação. Também nunca devolva valores por transferência direta. O procedimento correto, como vimos nos tópicos anteriores, é utilizar o recurso de devolução do Pix disponível no aplicativo do seu banco, que oferece mais segurança para a operação.

Também é importante não expor dados sensíveis em redes sociais, como chave Pix (principalmente se for o CPF), nome completo e número de telefone. Uma vez que essas informações se tornam públicas, os criminosos podem utilizá-las para personalizar o golpe. Por fim, sempre que possível, verifique o extrato do banco regularmente e busque por qualquer movimentação que seja sujeita.

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