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Governador do ES diz que criminosos se sentem protegidos no Rio e reforça fronteira

O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), determinou reforço nas ações de inteligência e monitoramento da fronteira com o Rio de Janeiro, para evitar que a crise de segurança no estado vizinho respingue no território capixaba.

Apesar disso, ele não acredita que lideranças de facções criminosas que estejam em território fluminense fujam para o seu estado.

"Lá [no Rio], eles estão mais seguros e protegidos do que aqui. Quando vêm para cá, normalmente são presos rapidamente", diz Casagrande.

A razão para isso, diz o governador, não é uma suposta ineficiência da polícia ou das autoridades fluminenses, mas a realidade do estado. "Lá a polícia tem mais dificuldade por causa dos territórios dominados por facções, das áreas em que é muito complicado o poder público atuar".

A preocupação com a possível infiltração levou até mesmo à sugestão de fechar fisicamente a divisa entre os dois estados, feita pelo presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Santos (União Brasil). O governador, no entanto, descarta essa medida mais drástica.

"Estamos monitorando, com inteligência e tecnologia. Fazer controle físico de barreira é algo muito ineficiente, muito melhor é fazer leitura de placas, biometria facial, uso das câmeras que temos no estado todo", afirmou.

Ele manifestou solidariedade ao colega Claudio Castro (PL) no dia dos ataques, mas não compareceu ao encontro de governadores nesta quinta-feira (30), que foi direcionado aos chefes de Executivos da direita.

Para Casagrande, o Ministério Público vai ter "muito trabalho" para fazer uma análise profunda da ação policial, que deixou 121 mortos e foi a mais letal da história do país.

"O número de pessoas que perderam a vida é o maior do Brasil. Isso tem de ser considerado. As forças de segurança têm de fazer uma reflexão, uma análise, assim como o Ministério Público, que tem essa prerrogativa", afirma.

O governador também defende a aprovação da PEC da Segurança, que está no Congresso, e do projeto de lei contra facções, que deve ser enviado em breve ao Legislativo pelo governo Lula.

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