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Governo abre sindicância após viagem de ministro de Lula e servidores a Carnaval fora de época

A Secretaria-Geral da Presidência da República abriu uma sindicância interna após viagem do chefe da pasta, Márcio Macêdo, e de outros três servidores para o Carnaval fora de época de Aracaju, capital de Sergipe, base eleitoral do ministro.

O procedimento deverá investigar o uso de dinheiro público no pagamento de despesas de funcionários do órgão para ir à festividade no começo de novembro de 2023.

Macêdo é apontado como possível nome para concorrer pelo PT à Prefeitura de Aracaju em 2024. A agenda dele não aponta nenhum compromisso público do ministro no período da viagem. O governo pagou as passagens e diárias dos três assessores do chefe da Secretaria-Geral que o acompanharam.

O ministro publicou diversas fotos nas redes sociais no Carnaval fora de época. O custo total da viagem dos três servidores foi de R$ 18,5 mil, segundo o Portal da Transparência.

Os dados da página do governo na internet também informam que a emissão das passagens aos funcionários foi "de ordem do ministro da Secretaria-Geral da Presidência Márcio Macêdo" para uma agenda na ONG Instituto Renascer para a Vida entre 3 e 5 de novembro do ano passado.

A assessoria de Macêdo afirma que o ministro bancou as próprias despesas para ir a Aracaju e que a sindicância irá apurar apenas a ida de seus três assessores a Sergipe, e não a viagem do ministro.

Após emitir uma nota para informar sobre a abertura da sindicância, a pasta soltou mais um texto para afirmar que "outra medida adotada foi a abertura do procedimento de ressarcimento ao erário para devolução dos valores ao Tesouro pelos servidores".

A abertura da sindicância foi noticiada pelo jornal O Estado de São Paulo e confirmada pela Folha. O Ministério Público de Contas junto ao TCU (Tribunal de Contas da União) pediu na quarta-feira (10) para a corte de contas apurar o caso.

De acordo com o jornal O Globo, o pagamento das despesas para a ida ao Carnaval teria levado a número dois da pasta, Maria Fernanda Coelho, a pedir demissão do posto.

Na mesma nota em que afirma que uma sindicância irá apurar o caso, porém, o órgão também diz que não houve contato entre Macêdo e Coelho sobre o tema.

"Ao contrário do que foi noticiado, nunca houve tratativa sobre quaisquer passagens nem diárias de viagem entre a ex-secretária e o ministro Márcio Macêdo", diz o texto.

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