Os 60 anos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs) foram comemorados na tarde desta quinta-feira (5) com o anúncio pelo governo do Estado de um investimento de cerca de R$ 360 milhões. Do total, R$ 150 milhões vinculados o Plano de Desenvolvimento lançado recentemente, com foco em inovação, ciência e tecnologia. "Trata-se de um marco na história do Rio Grande", observou o governador Eduardo Leite. Os valores serão direcionados para pesquisa em áreas como mudanças climáticas, gestão Pública, startups e qualificação profissional.
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Os 60 anos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs) foram comemorados na tarde desta quinta-feira (5) com o anúncio pelo governo do Estado de um investimento de cerca de R$ 360 milhões. Do total, R$ 150 milhões vinculados o Plano de Desenvolvimento lançado recentemente, com foco em inovação, ciência e tecnologia. "Trata-se de um marco na história do Rio Grande", observou o governador Eduardo Leite. Os valores serão direcionados para pesquisa em áreas como mudanças climáticas, gestão Pública, startups e qualificação profissional.
Durante o anúncio dos investimentos em cerimônia no Palácio Piratini, também foi feito o lançamento da Política Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação e a apresentação do Plano de Investimentos 2025. De acordo com a secretária de Inovação, Ciência e Tecnologia do RS, Simone Stülp, parte dos investimentos previstos para 2025 integram as estratégias do Plano Rio Grande. "Esse anúncio é uma forma de demonstrar a importância que queremos dar à pesquisa e inovação. A inovação é que dá qualidade de vida a todos", afirmou.
A Política Estadual de Ciência, Tecnologia E Inovação (Pecti) prevê programas e investimentos pelos próximos cinco anos. Ela regulamenta a Lei Gaúcha de Inovação (Lei Complementar nº 15.639), tendo sido estruturada para fortalecer a criação, atração e desenvolvimento de empresas de base tecnológica, institutos de pesquisa, universidades etc., promovendo um ambiente propício ao empreendedorismo inovador e às atividades científicas e tecnológicas.
Na cerimônia também foram entregues os Prêmios Pesquisador Gaúcho pelo governador Eduardo leite e a secretária. "A política de inovação gera valor e nos torna mais competitivos. É responsabilidade de todos nós termos a compreensão da importância de apostar nesse caminho", disse o governador. "Este é o maior investimento já feito em inovação no Rio Grande do Sul. Já em 2025 serão aportados R$ 210 milhões", anunciou.
Guiada por princípios como cooperativismo; desburocratização; empreendedorismo; inclusão social; inovação no setor público; e sustentabilidade, entre outros, a política estadual tem como meta o desenvolvimento econômico, social e ambiental de forma equilibrada. O programa, de acordo com o governo, prevê uma abrangência para todas as classes sociais, especialmente as populações vulneráveis.
A construção das políticas, de acordo com a secretária, tem o objetivo de estimular a criatividade, incentivando soluções de alto impacto. Já a sustentabilidade e a resiliência orientam a criação de tecnologias que respeitem o meio ambiente e fortaleçam o poder de adaptação do estado frente aos desafios climáticos. Além disso, a inovação no setor público e a desburocratização simplificam processos e serviços públicos, eliminando barreiras que dificultam o avanço tecnológico e o acesso a serviços e políticas públicas.
Criada em dezembro de 1964 pela Lei 4.920/64, a Fapergs é resultado do esforço conjunto de pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). Na época, não havia uma instituição que se dedicasse exclusivamente ao apoio financeiro a projetos de pesquisa, como acontecia na comunidade científica de outros países. O presidente da Fapergs, Odir Dellagostin, destacou a importância dos 60 anos da Fapergs. "A qualidade da pesquisa feita aqui no Rio Grande do Sul é parte dos resultados de diversos programas desenvolvidos, desde a iniciação científica, até pós-doutorado."
O Programa prevê oito áreas prioritárias: Agronegócio; Educação; Energias renováveis; Indústria 4.0; Mobilidade e logística; Saúde; Semicondutores e Turismo. Elas foram determinadas em função das necessidades atuais e futuras da sociedade, de forma a promover um desenvolvimento inovador, sustentável e inclusivo. Exemplo é a inovação em saúde, crucial para avançar em 12 tratamentos e tecnologias que melhorem a qualidade de vida, sobretudo considerando o contexto gaúcho, com um envelhecimento populacional marcante. Já no agronegócio, principal pilar da matriz econômica gaúcha, se beneficia de pesquisas e inovações que aumentam a produtividade e a sustentabilidade, ao passo que a integração das áreas de turismo e de mobilidade e logística, por sua vez, fomenta a inovação nos serviços e na infraestrutura, impulsionando o desenvolvimento econômico e a competitividade regional. A formação de capital humano também está no foco das políticas públicas, com vistas à formação de capital humano qualificado e à preparação de profissionais para atender às demandas do mercado em constante transformação.
Plano de Investimento
Centro de Referência Internacional em Estudos Relacionados às Mudanças Climáticas - R$ 40 milhões
Programa Pesquisador Gaúcho (pesquisa de amplo espectro) / Demandas da Gestão Pública - R$ 60 milhões
Programa Doutor Empreendedor /Talentos Startups / Fixação - R$ 60 milhões
Clusters/RITES em áreas prioritárias ligadas ao Plano de Desenvolvimento do RS - R$ 90 milhões
Programa RS Talentos (Formação de Talentos - engenharias/tecnologias) - R$ 38 milhões
Programa Professor do Amanhã - R$ 29 milhões
Edital para Ambientes de Inovação - R$ 20 milhões
Eventos de Inovação - R$ 23 milhões
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