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Governo busca fôlego para pauta econômica antes do fim de 2023

Governo busca fôlego para pauta econômica antes do fim de 2023 Governo busca fôlego para pauta econômica antes do fim de 2023

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) busca fôlego para aprovar as medidas econômicas que envolvem o Orçamento do ano que vem e visam a aumentar a arrecadação. O tempo é curto: o Congresso entra em recesso em 3 semanas. As prioridades do governo incluem a conclusão da PEC (Proposta de Emenda a Constituição) da reforma tributária e a MP (medida provisória) que trata sobre a mudança nas regras de subvenções do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) para grandes empresas.

A reforma voltou para a análise dos deputados depois que o Senado fez mudanças no texto. O Poder360 apurou que a Câmara quer suprimir as discordâncias e deixar o texto mais semelhante ao aprovado pelo Casa em julho. Assim, se houver só supressão de trechos, a promulgação da PEC será feita ainda em 2023. A expectativa é que os deputados analisem as alterações feitas pelos senadores na semana do dia 11 de dezembro.

A comissão mista que analisa a MP das subvenções foi aberta na 4ª feira (29.nov). O projeto enfrenta resistências no Congresso e, além da comissão, precisar ir ao plenário da Câmara e do Senado. O relator da proposta, deputado Luiz Fernando Faria (PSD-MG), deve apresentar seu relatório na 4ª feira (6.dez.2023). O governo estima arrecadar aproximadamente R$ 35 bilhões em 2024 com a proposta.

No Senado, o governo quer aprovar o PL (projeto de lei) das apostas esportivas. O presidente da Casa, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), retorna ao país na 3ª feira (5.dez) com a comitiva do presidente Lula.

Assim que chegar, Pacheco deverá decidir sobre o texto das apostas, que pode ser analisado na 4ª feira (6.dez) em sessão semipresencial. Senadores podem votar pelo aplicativo e não precisam estar em Brasília.

Na semana passada, o Senado adiou a votação da taxação das apostas esportivas por falta de acordo. Integrantes da oposição afirmam que o texto deixa brecha para o funcionamento de cassinos no país.

A proposta sobre apostas esportivas não trata sobre cassinos. A oposição defende que seja incluída uma emenda proibindo a instalação de cassinos e caça-níqueis em locais físicos. Na avaliação do grupo, caso isso não seja colocado no projeto, empresas estrangeiras podem instalar cassinos on-line em locais físicos e controlar os aparelhos de qualquer parte do mundo. O relator da proposta, senador Angelo Coronel (PSD-BA), não aceitou a emenda.

A proposta que regulamenta a tributação das apostas é uma das prioridades do governo para aumentar a arrecadação no próximo ano. A estimativa inicial do governo é arrecadar R$ 1,6 bilhão em 2024 com as apostas. O projeto já foi aprovado na Câmara em setembro.

Outro projeto de interesse do governo é o que trata das mudanças no modelo atual do JCP (juros sobre capital próprio). A resistência à proposta, entretanto, fez com que o tema fique para 2024, como mostrou o Poder360. A avaliação de congressistas é que o assunto ainda precisa ser amplamente debatido. A proposta também foi mal recebida pelos setores bancário e industrial, o que contribui para políticos não quererem avançar no tema.

O governo tentou inserir o assunto na MP das subvenções, no entanto, a inclusão poderia ameaçar a aprovação da MP. A expectativa de arrecadação com o fim do JCP era de R$ 10,5 bilhões aos cofres públicos em 2024, segundo cálculos da equipe econômica.

O governo já havia tentado incluir o JCP em outra proposta já em tramitação. Em outubro, integrantes da equipe econômica e o deputado Pedro Paulo (PSD-RJ) cogitaram incluir o tema na proposta sobre a taxação de offshores e fundos exclusivos.

A ideia era buscar um “meio-termo” que não acabasse de forma definitiva, mas isso foi descartado do relatório do congressista. Em acordo, ele preferiu priorizar o tema dos fundos e não contaminar esse debate com a discussão do JCP.

ORÇAMENTO 2024

O governo também espera aprovar ainda neste ano a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) e o PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual) de 2024.

Nesta semana, há nova expectativa de que o relatório da LDO (Lei das Diretrizes Orçamentárias) seja divulgado. O relator Danilo Forte (União Brasil-BA) quer apresentar seu parecer depois da sessão de vetos.

Forte afirma que precisa esperar a votação dos vetos ao marco fiscal para finalizar seu texto. Também alega ter dificuldade para concluir o parecer diante das novas projeções do Ministério da Fazenda para o deficit primário.

A falta de uma data concreta para a apresentação e votação do relatório da LDO causa dúvidas sobre a aprovação da PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual) de 2024 ainda neste ano.

No entanto, o Poder360 apurou que há vontade política para votar o Orçamento de 2024 neste ano por causa do interesse nos recursos de emendas, já que 2024 é ano de eleições municipais.

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