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Governo do RS anuncia linha de crédito de R$ 100 milhões para exportadores atingidos por tarifa dos EUA

O governador Eduardo Leite anunciou medidas para auxiliar os exportadores gaúchos afetados pela tarifa de 50% anunciada pelos presidente dos Estados Unidos, Donaldo Trump. O chefe do Executivo gaúcho anunciou um programa de crédito de R$ 100 milhões, por meio do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), para socorrer exportadores de diferentes setores.

O programa que foi estruturado pelo banco estará disponível às empresas a partir do dia 4 de agosto. O Rio Grande do Sul, depois de São Paulo, é o estado que mais perde com a decisão do governo norte-americano. No anúncio, Leite estava acompanhado do presidente da Fiergs, Cláudio Bier, do vice-presidente da Farsul, Domingos Velho Lopes, do vice-presidente da Federasul, Rafael Goelzer, do diretor-presidente do BRDE, Ranolfo Vieira Júnior, e do presidente da Invest/RS, Rafael Prikladnick.

Conforme Leite, a  iniciativa tem o objetivo de reduzir os impactos que as empresas gaúchas irão enfrentar com a sobretaxa de 50% aos produtos brasileiros por parte dos Estados Unidos, prevista para valer a partir do dia 1º de agosto. O anúncio foi realizado nesta sexta-feira (25), no Palácio Piratini, após reunião de Leite com representantes das entidades empresariais do Rio Grande do Sul. "Atendemos uma demanda apresentada pela Fiergs para que o Estado pudesse fazer em termos de crédito subsidiado e linhas especiais para às empresas nos setores que serão mais impactados pelas tarifas que foram anunciadas pelos Estados Unidos", destaca.

Segundo o governador, os juros serão equalizados com recursos do Fundo Impulsiona Sul, instituído pelo banco. Com isso, a linha de crédito para capital de giro aos exportadores terá um custo final entre 8% e 9% ao ano. Além do juro subsidiado, o prazo de pagamento será de 60 meses, com 12 meses de carência.

"É uma primeira ação do governo do Estado. A ideia é acompanhar o que houver de demanda para eventuais novos aportes financeiros que gerem possibilidade das empresas manterem suas operações com menor impacto em termos de emprego para preservar as atividades no Estado", acrescenta. O governador disse que espera que se estabeleça uma negociação em nível nacional para  prorrogação ou revisão imediata das tarifas anunciadas pelos Estados Unidos. 

O presidente da Fiergs, Cláudio Bier, disse que a federação esteve em todos os momentos tentando o diálogo e, somente com isso, será resolvido o problema. "O seu governo foi quem fez o primeiro movimento para atender o nosso pedido e apoiar as indústrias gaúchas. Nunca tivemos um Estado com atuação tão ágil em favor dos negócios e da economia do Rio Grande Sul. Por isso, agradecemos muito a sua iniciativa", destacou. Bier comenta que o Rio Grande do Sul, depois de São Paulo, é o estado que mais perde no Brasil. "Nós somos o segundo Estado exportador para os Estados Unidos. Essa ajuda será muito bem-vinda às indústrias exportadoras do RS", acrescentou. 

Com o subsídio do Fundo Impulsiona Sul, os custos do financiamento foram fixados em IPCA mais 4% ao ano, com os cinco anos de prazo para pagamento, incluindo a carência de até 12 meses. "É um esforço muito grande no sentido de garantir fôlego para as empresas exportadoras nesse momento de enormes incertezas. Enquanto as negociações não avançam, precisamos proteger empregos e prevenir prejuízos maiores", disse o diretor-presidente do BRDE, Ranolfo Vieira Júnior.

O Rio Grande do Sul está entre os estados mais afetados pela medida anunciada pelo presidente Donald Trump e, conforme estudo divulgado pela Fiergs, existe o risco de uma perda de R$ 1,92 bilhão no Produto Interno Bruto (PIB) gaúcho. Ao anunciar o programa, Leite explicou que o financiamento busca manter a competitividade das empresas neste momento de indefinição na relação do Brasil com os Estados Unidos.

BRDE terá programa de crédito 

Com foco em reduzir os impactos que as empresas gaúchas já enfrentam com a sobretaxa de 50% aos produtos brasileiros por parte dos Estados Unidos, prevista para valer na virada do mês, o BRDE terá R$ 100 milhões para socorrer exportadores de diferentes setores. Os juros serão equalizados com recursos do Fundo Impulsiona Sul, instituído pelo próprio banco. Com isso, a linha de crédito para capital de giro aos exportadores terá um custo final entre 8% e 9% ao ano.

Como vai funcionar o programa

• Total disponível: R$ 100 milhões
• Forma: capital de giro
• Prazos: 60 meses, com até 12 meses de carência inclusa
• Custo: IPCA + 4% a.a. (total entre 8% e 9% ao ano)
• Vigência: até dezembro de 2025

Eduardo Leite debate medidas de apoio a exportadores com Domingos Velho Lopes, da Farsul, Claudio Bier, da Fiergs, e Ranolfo Vieira, do BRDE | Mauricio Tonetto/Secom/Divulgação/JC

Eduardo Leite debate medidas de apoio a exportadores com Domingos Velho Lopes, da Farsul, Claudio Bier, da Fiergs, e Ranolfo Vieira, do BRDE Mauricio Tonetto/Secom/Divulgação/JC

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