A presidente da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano, foi demitida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cerca de uma hora antes da realização da cerimônia de lançamento da iniciativa Brasil Sem Misoginia, do governo federal.
Ela foi substituída por Carlos Antônio Vieira Fernandes, aliado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Um dos objetivos do programa, segundo a divulgação feita pelo Ministério das Mulheres, é "apoiar mulheres em espaços de poder e de decisão".
"Apesar de as mulheres representarem 53% do eleitorado, ocupam apenas 17,7% da Câmara dos Deputados e 12,3% do Senado Federal. Em 958 cidades não tivemos nenhuma vereadora eleita em 2020", diz a divulgação da iniciativa, que também busca prevenir violências doméstica, física e online contra as mulheres e promover ambientes de trabalho sem discriminação.
O evento ocorreria no auditório da própria Caixa, mas acabou sendo transferido para o Centro de Convenções Ulysses Guimarães, na capital federal. A agora ex-presidente do banco chegou a gravar um vídeo para divulgar o ato de lançamento.
No vídeo, Cida Gonçalves, ministra das Mulheres, exalta a simbologia de lançar a iniciativa no auditório de um banco que então era comandado por uma mulher.
"Só nós sabemos o grau de pressão que a gente recebe e como é difícil mulheres ocuparem espaços de poder por conta dessa pressão que sofremos", diz Rita Serrano na gravação.
A iniciativa Brasil Sem Misoginia é do Ministério das Mulheres e tem apoio da Caixa, da Secretaria da Mulher do Distrito Federal e da ONU Mulheres.
O evento contou com a presença da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, além das ministras Anielle Franco (Igualdade Racial), Esther Dweck (Gestão), Margareth Menezes (Cultura), Marina Silva (Meio Ambiente), Nisia Trindade (Saúde) e Sônia Guajajara (Povos Originários).
A demissão da presidente da Caixa é mais uma baixa no número de mulheres em cargos representativos no governo Lula (PT). Antes de Rita, Lula trocou Daniela Carneiro por Celso Sabino, no Turismo, e Ana Moser por André Fufuca, no Esporte.
Com isso, o petista perdeu o tão alardeado recorde de mulheres no primeiro escalão, com agora nove ministras entre as 37 pastas.
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