Guarda Nacional, que teve dois membros baleados perto da Casa Branca, estava em Washington por ordem de Trump; entenda

Eles estavam em Washington, D.C., por ordem do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Mais de 2 mil membros da Guarda Nacional foram enviados à capital dos EUA em 11 de agosto de 2025, quando Trump assinou uma ordem executiva declarando “emergência criminal” na região.

A medida enfrentou resistência da prefeita de Washington, Muriel Bowser. Ela classificou a intervenção como “alarmante e sem precedentes” e disse que não estava surpresa, considerando a “retórica do passado” de Trump.

O decreto permitiu mobilizar soldados para apoiar as forças locais, proteger prédios federais e reforçar o patrulhamento das ruas. Porém, a segurança diária da Casa Branca é responsabilidade do Serviço Secreto, que controla acessos e protege o presidente. A Guarda Nacional não faz a proteção de rotina do local.

Desde então, os militares passaram a patrulhar estações de metrô e áreas turísticas, além de recolher lixo na região do National Mall. Além de atuar no entorno da área, ocupando pontos estratégicos, reforçando a vigilância de vias próximas e oferecendo apoio às autoridades responsáveis pela segurança da região central de Washington.

Na semana passada, uma juíza federal determinou o fim da operação, mas suspendeu a própria decisão por 21 dias para dar tempo ao governo Trump de retirar as tropas ou recorrer.

A Guarda é formada por militares da reserva que vivem como civis e são convocados quando necessário. Ela atua em emergências, desastres naturais e missões de segurança, operações específicas. Os integrantes têm perfis diversos — professores, estudantes, motoristas, trabalhadores do comércio, etc.

As tarefas típicas de um membro da Guarda Nacional incluem um fim de semana por mês e duas semanas ininterruptas por ano. E os membros recebem entre US$ 200 e US$ 600 por serviço de fim de semana, dependendo de sua patente.

Eles também têm subsídios para acomodação e refeições, assistência educacional e seguro-saúde. Os direitos à pensão também podem ser solicitados para períodos de serviço mais longos.

Cada estado dos EUA conta com uma Guarda Nacional. Porém, as unidades podem ser mobilizadas pelo presidente dos EUA para auxiliar as forças armadas do país. Os integrantes geralmente recebem financiamento e treinamento federais.

Vale destacar que quando os reservistas são mobilizados para atuar dentro dos estados dos EUA, o governador do estado em questão assume geralmente o comando. Quando mobilizados nacionalmente, o presidente dos EUA é o comandante-chefe.

Eles têm uma ampla gama de funções e é frequentemente mobilizada para prestar assistência em casos de desastre. Como em janeiro de 2025, quando foram chamados para ajudar durante os incêndios florestais na Califórnia. Ou após o furacão Katrina, em 2005 — à época, mais de 50 mil membros da Guarda Nacional ajudaram nas evacuações e operações de resgate.

Ela também pode ser mobilizada para garantir a segurança interna, mas essa função é mais rara. Por exemplo, após a invasão do Capitólio, a sede do Congresso dos Estados Unidos, mais de 25 mil membros da Guarda Nacional foram posicionados em Washington D.C.

A origem da Guarda Nacional remonta ao século XVIII, antes da independência dos Estados Unidos. Já o desenho atual foi formado em 1903 pela Lei Federal da Milícia e sua estrutura foi finalizada a partir de 1933.