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Guerreiras do Kpop: veja personagens, dubladores e idols que foram inspiração

O filme Guerreiras do Kpop é o novo sucesso da Netflix que rompeu a bolha e conquistou diferentes plateias ao redor do mundo. De fãs de artistas sul-coreanos a quem estava curioso, a nova animação da dupla Maggie Kang (Kung Fu Panda 3) e Chris Appelhans (Din e o Dragão Genial) chegou não só ao primeiro lugar de mais assistidos da Netflix, como também os charts de música, como as listas da Billboard, Spotify e Apple Music. E com tanto sucesso, os personagens se tornaram figurinhas clássicas espontâneas da cultura pop.

No enredo, um grupo formado por três cantoras de kpop mantém em segundo plano o ofício de caçar demônios que ameaçam os seres humanos. Elas só não esperavam que um grupo de cantores demônios montassem um grupo rival para disputar com as protagonistas nas paradas e até no controle do planeta. Se você assistiu Guerreiras do Kpop e quer ficar por dentro de todas as influências, vozes e o impacto das canções nas paradas globais, confira a lista a seguir.

 Divulgação/IMDb Guerreiras do Kpop, da Netflix, é uma das melhores animações do ano até agora — Foto: Divulgação/IMDb

Veja a seguir a lista com personagens principais:

  1. Rumi
  2. Zoey
  3. Mira
  4. Jinu
  5. Celine
  6. Gwi-Ma

A líder do HUNTR/X é uma artista dedicada, ambiciosa e que está sempre trabalhando para manter o grupo unido e motivado. Ela é filha de um ex-caçador de demônios e, por isso, segue o legado da família. De todas as integrantes do HUNTR/X, Rumi é a mais interessada em selar de vez o Honmoon, uma barreira mágica que separa os humanos dos demônios. Porém, esse desejo está relacionado a um segredo íntimo de Rumi muito mais protegido que a barreira sobrenatural.

Na dublagem original do longa, Rumi é interpretada pela atriz, cantora e modelo americana Arden Cho, que esteve no elenco de Avatar: O Último Mestre do Ar, série live-action da Netflix. Na versão brasileira, Analu Pimenta (Agata Desde Sempre) e Clara Portella (voz infantil) dublam a personagem.

 Reprodução/The Movie Database Rumi é a líder do grupo e é dublada por Arden Cho — Foto: Reprodução/The Movie Database

Zoey é a "maknae” do HUNTR/X. Isso significa que ela é a integrante mais nova do grupo. Apesar dos "maknae” carregarem uma imagem de fofura, Zoey possui uma imagem cheia de atitude, sem contar que é extremamente habilidosa na luta contra os demônios. Ela também a letrista da banda e chegou a viver na Califórnia (EUA) antes de integrar o HUNTR/X.

A atriz americana Ji-young Yoo, cuja estreia no audiovisual foi com o longa Moxie: Quando as Garotas Vão à Luta (2021), exclusivo da Netflix, dá voz à personagem. No Brasil, a missão ficou a cargo de Taís Feijó (Superman de 2025).

 Divulgação/Netflix Zoey, a “maknae” do trio, é dublada por Young Yoo — Foto: Divulgação/Netflix

A dançarina e coreógrafa do HUNTR/X tem uma personalidade extremamente durona e um tanto rebelde, uma herança de sua vida como "garota problema" em um lar abastado e conservador. É a voz da razão do grupo, mas ela também apresenta certas inseguranças emocionais. Na versão original, Mira tem a dublagem da modelo e atriz May Hong (Hacks). A dublagem brasileira ficou a cargo de Vic Brow (Tokyo Revengers).

 Divulgação/Netflix Mira é a integrante do meio, cuja voz é da atriz May Hong — Foto: Divulgação/Netflix

Uma vez apresentadas as protagonistas, chegou a vez de falar dos antagonistas: o grupo Saja Boys. Esses idols demoníacos têm como líder Jinu, um homem que já foi um exímio músico séculos antes, mas que vendeu sua alma à entidade demoníaca Gwi-Ma. É dele a ideia de formar um grupo masculino de K-pop para rivalizar com as HUNTR/X. Mas o plano acaba rendendo uma aproximação inesperada entre Jinu e Rumi, fazendo com que os dois revelem sentimentos retraídos de suas personalidades.

O ator e cantor sul-coreano-canadense Ahn Hyo-seop (O Tempo Traz Você Pra Mim) dá voz ao personagem na versão original, enquanto Thadeu Matos (Pacificador) está encarregado da voz nacional.

 Reprodução/The Movie Database Jinu, antagonista do filme, é dublado por Ahn Hyo-seop — Foto: Reprodução/The Movie Database

A mentora das HUNTR/X é uma ex-artista de k-pop e empresária que agora treina as garotas protagonistas na missão de caçar demônios. Ela também serve como uma mãe para Rumi, sendo a única pessoa que sabe do segredo obscuro da cantora. A personagem é dublada por Yunjin Kim (Lost), enquanto Marcia Coutinho (Os Incríveis) faz a versão brasileira.

Celine é a mentora do HUNTR/X. Sua voz é de Yunjin Kim — Foto: Divulgação/Netflix Celine é a mentora do HUNTR/X. Sua voz é de Yunjin Kim — Foto: Divulgação/Netflix

O grande antagonista do longa é uma força demoníaca temível que está interessado no rompimento do Honmoon, fazendo com que os demônios consigam dominar a Terra. Ele é o criador dos Saja Boys, que surgiram a partir de uma ideia de Jinu. Sua voz é dublada por Lee Byung-Hun (Round 6) na versão original e por Guilherme Briggs (Os Padrinhos Mágicos) na brasileira.

 Divulgação/Netflix Byung Hun Lee, o Front Man de Round 6, dubla o antagonista Gwi-Ma — Foto: Divulgação/Netflix

E quem canta as músicas de Guerreiras do Kpop?

Com exceção do vilão Gwi-Ma, todos os personagens citados acima cantam em Guerreiras do K-pop. Mas engana-se que as dubladoras da versão original também contribuam com os vocais cantados. Dentro do HUNTR/X, foram adicionadas as vozes da produtora e cantora norte-americana EJAE, sendo a intérprete de Rumi; a rapper Audrey Nuna, como a voz de Mira; e a cantora Rei Ami interpretando Zoey.

O cantor sul-coreano Andrew Choi dá voz ao personagem Juni, enquanto a cantora filipina Lea Salonga interpreta as canções de Celine. Na versão brasileira, todos os dubladores mencionados na lista anterior cantam as músicas.

 Divulgação/Netflix Hits de Guerreiras do Kpop são cantadas por Ejae, Audrey Nuna e Rei Ami — Foto: Divulgação/Netflix

Quais artistas serviram de inspiração para Guerreiras do Kpop?

Segundo a codiretora Maggie Kang, que cresceu ouvindo a primeira geração do pop sul-coreano (composto por artistas como H.O.T. e Seo Taiji and the Boys), alguns artistas reais foram as "musas inspiradoras" para o longa. Ela explicou em entreviosta à revista Forbes, em junho desse ano, que o HUNTR/X tem inspiração nos grupos femininos sul-coreanos ITZY, BLACKPINK e TWICE. Já o visual do Saja Boys, os antagonistas da série, é baseado nos grupos masculinos Tomorrow X Together, BTS, Stray Kids, ATEEZ, BIGBANG e Monsta X.

A protagonista Rumi, de acordo com Kang, é inspirada nas cantoras Jennie e Jisoo, do grupo BLACKPINK. Mira teve inspiração na modelo Ahn So Yeon, enquanto Zoey é inspirada em Chaeyoung, do grupo TWICE. Já o visual do antagonista Juni é inspirado nos atores de k-drama Cha Eun-woo (Beleza Verdadeira) e Nam Joo-hyuk (Apostando Alto).

De acordo com Maggie Kang, o grupo BLACKPINK é uma das inspirações usadas para criar o trio HUNTR/X — Foto: Reprodução/The Movie Database De acordo com Maggie Kang, o grupo BLACKPINK é uma das inspirações usadas para criar o trio HUNTR/X — Foto: Reprodução/The Movie Database

O sucesso das músicas de Guerreiras do Kpop

Guerreiras do Kpop não foi um hit apenas em audiência de espectadores, mas também de ouvintes. E junho desse ano, a trilha sonora do longa debutou na oitava posição das paradas da Billboard americana, um feito extremamente raro de acontecer; a título de comparação, a trilha sonora de Homem-Aranha: Através do Aranhaverso, composta pelo produtor de rap Metro Boomin, ficou na 70ª posição em julho de 2023.

Dois grandes singles impulsionaram as vendas do álbum. O primeiro foi "Takedown", lançado em junho desse ano e interpretado pelas cantoras Jeongyeon, Jihyo e Chaeyoung, todas integrantes do grupo de k-pop Twice. No mês seguinte, foi a vez de "Golden" emplacar nos charts de música. O impacto do single foi tão grande que, ao alcançar o terceiro lugar na lista global do Spotify, o hit se tornou uma ameaça para o disco The Life of a Showgirl, novo trabalho da cantora Taylor Swift.

 Divulgação/Netflix Hit "Takedown" foi gravado pelas cantoras Jeongyeon, Jihyo e Chaeyoung, do grupo TWICE — Foto: Divulgação/Netflix

O hit do longa ultrapassou a faixa-título gravada por Swift e a cantora Sabrina Carpenter. Por outro lado, a canção não conseguiu superar os singles "The Fate of Ophelia" e "Opalite". "Golden" alcançou mais de 7 milhões de reproduções no Spotify.

Ao todo, 10 artistas participaram da composição do álbum, sendo eles Danny Chung, Ido, Vince, Kush, Ejae, Jenna Andrews, Stephen Kirk, Lindgren, Mark Sonnenblick e Daniel Rojas. A produção ficou a cargo de Teddy Park, 24, Ido, Dominsuk, Andrews, Kirk, Lindgren e Ian Eisendrath. Já a trilha sonora original (composições instrumentais usadas durantes as cenas) é de autoria do pianista brasileiro Marcelo Zarvos, que já trabalhou em obras consagradas do cinema, como Um Limite Entre Nós (2016) e Segredos de Um Escândalo (2023).

 Divulgação/Netflix Consagração de Guerreiras do Kpop nos charts ameaçou o reinado de Taylor Swift — Foto: Divulgação/Netflix

Vale a pena assistir ao Guerreiras do Kpop?

O musical animado da Netflix é mais uma peça que estabelece a cultura pop da Coreia do Sul como a nova moda vinda da Ásia que arrebatou o ocidente, assim como o Japão fez décadas antes com a cultura otaku. O fato do longa ter sido feito nos Estados Unidos, com elenco e direção com ascendência coreana, deixa tudo mais representativo. Guerreiras do Kpop é um reflexo desse momento importante para o soft-power sul-coreano, mas é importante destacar que o longa tem outros méritos.

O filme consolida o novo formato de animações que mesclam 2D e 3D com uma abordagem mais artística, algo que vêm conquistando o público desde o lançamento de títulos como Homem-Aranha no Aranhaverso (2018) e Gato de Botas 2: O Último Pedido (2022). Em Guerreiras, o diferencial da obra está nas influências dos animes, deixando de lado os "olhos grandes" característicos das animações japonesas para priorizar a identidade da população asiática (em especial, sul-coreana) em uma busca de personalidade própria.

 Divulgação/Netflix Longa de animação conquistou atenções até de quem não é fã de kpop — Foto: Divulgação/Netflix

O enredo é bastante convidativo para quem é fã de animações (asiáticas ou não), mas passa longe de entender o novo fenômeno do kpop. Muitas expressões, formatos e tipos de publicidade típicas desse universo são abordadas no longa sem o peso da referência direcionada ao público interno, facilitando o entendimento para todos. Sem contar que as canções, junto com o próprio filme, podem futuramente figurar no Oscar do próximo ano nas categorias de Melhor Animação e Canção Original.

Em resumo, assistir Guerreiras do Kpop pode ser uma grande surpresa para o público que não tem medo (ou preconceito contra estilos musicais distintos) de cantar junto as músicas, torcer por amores sobrenaturais impossíveis e ficar na torcida por novas sequências.

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