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Guia de golpes do WhatsApp: veja 'tipos' de 2025 e como se proteger

Os golpes no WhatsApp se multiplicaram em 2025 e se tornaram uma das principais ameaças digitais enfrentadas pelos brasileiros. De mensagens que simulam familiares pedindo ajuda urgente a cobranças de dívidas inexistentes e falsas ofertas de emprego, todos esses esquemas utilizam o mesmo modus operandi — a engenharia social — com um único objetivo: convencer a vítima a compartilhar voluntariamente dados sensíveis ou induzi-la a realizar transferências via Pix para o pagamento de supostas taxas extras.

Essas práticas criminosas expõem a vulnerabilidade dos usuários diante da criatividade dos golpistas e reforçam a importância de conhecer os sinais de fraude e saber como agir para evitar prejuízos financeiros e pessoais. Nas próximas linhas, veja os tipos de golpes mais comuns no WhatsApp em 2025 e saiba como se proteger.

 Arte/TechTudo Guia de golpes do WhatsApp: veja 'tipos' de 2025 e como se proteger — Foto: Arte/TechTudo

Quais são os golpes do WhatsApp? Veja os principais de 2025

No índice abaixo, confira os tópicos que serão abordados nesta matéria do TechTudo.

  1. Golpe do 'Bença, tia'
  2. Golpe do WhatsApp falso/clonado
  3. Golpe do arquivo .zip
  4. Golpe da tela compartilhada
  5. Golpe Aniversário do WhatsApp
  6. Golpe do falso emprego
  7. Golpe do falso advogado
  8. Golpe da dívida ativa
  9. Golpe do JusBrasil no WhatsApp
  10. Golpe da transportadora
  11. Como se proteger de golpes no WhatsApp?
  12. Caí no golpe do WhatsApp, e agora?
  13. Como denunciar golpe do WhatsApp?

Esse golpe explora a confiança familiar e a pressa emocional. Os criminosos usam expressões carinhosas para se passar por sobrinhos ou filhos e, em seguida, inventam uma situação urgente, como problemas de saúde ou dívidas inesperadas. Muitas vezes, utilizam fotos de perfil semelhantes às de parentes para reforçar a farsa. O principal sinal desse golpe é a falta de contato prévio e a insistência em transferências rápidas. Por isso, é importante confirmar a suposta situação diretamente com o familiar, por ligação ou vídeo, antes de qualquer transferência financeira.

Nesse golpe, os criminosos conseguem acesso à conta da vítima ao induzi-la a fornecer o código de verificação enviado por SMS. Uma vez dentro, passam a pedir dinheiro aos contatos, simulando situações de emergência. Em alguns casos, criam perfis falsos com a mesma foto e nome da vítima, confundindo ainda mais os amigos. Há ainda a possibilidade de extorquirem a própria vítima, pedindo dinheiro para devolver a conta. Desconfie sempre de uma mensagem de “número novo” acompanhada de pedidos financeiros. Ative a verificação em duas etapas e nunca compartilhe códigos recebidos.

Os golpistas enviam arquivos compactados que contêm vírus capazes de roubar senhas bancárias e dados pessoais. Muitas vezes, o arquivo vem acompanhado de mensagens como “orçamento solicitado” ou “comprovante de pagamento”, para parecer legítimo. Ao abrir, o usuário instala programas maliciosos sem perceber. O sinal de que esse golpe está em curso é o recebimento de anexos inesperados, principalmente de desconhecidos — embora um contato legítimo possa ter sido infectado e utilizado como vetor para o disparo das mensagens. Neste caso, não abra arquivos suspeitos e mantenha o antivírus atualizado.

 Mariana Saguias/TechTudo Golpe do arquivo .zip envia documentos infectados com vírus maliciosos — Foto: Mariana Saguias/TechTudo

Esse golpe ganhou força com o aumento de atendimentos virtuais. Os criminosos fingem ser suporte técnico ou funcionários de bancos e pedem que a vítima compartilhe a tela durante uma chamada. Assim, conseguem visualizar senhas, QR Code e dados sensíveis. Para não cair no golpe, desconfie de qualquer pedido para compartilhar a tela em situações de “suporte”. E lembre-se: bancos e empresas legítimas nunca solicitam esse tipo de acesso.

Circulam correntes que prometem recursos exclusivos, como novos emojis ou funções especiais, em comemoração ao suposto aniversário do WhatsApp. Para ativar, o usuário precisa clicar em links ou encaminhar mensagens para vários contatos. Esses links, na verdade, levam a páginas falsas que coletam dados ou instalam vírus. Neste caso, desconfie de promessas de benefícios irreais. Também é importante ignorar correntes e lembrar sempre que o WhatsApp anuncia novidades apenas em seus canais oficiais.

Com o aumento do desemprego, esse golpe se tornou comum. Criminosos criam anúncios falsos — muitas vezes com uso de inteligência artificial — oferecendo vagas em grandes empresas. Para participar, pedem dados pessoais ou até pagamentos para “garantir a vaga”. A promessa de contratação imediata, sem processo seletivo, é um atrativo para quem está desesperado para conseguir um trabalho. Por isso, verifique oportunidades apenas nos sites oficiais das empresas e desconfie de qualquer pedido de pagamento — não existe pagar para trabalhar.

 Mariana Saguias/TechTudo Golpe do falso emprego promete vagas em troca de pagamento de taxas — Foto: Mariana Saguias/TechTudo

Neste golpe, os estelionatários usam informações reais de processos judiciais, muitas vezes obtidas em sites públicos (como veremos no tópico 11), e se passam por advogados. Munidos dessas informações, enviam mensagens urgentes dizendo que é necessário pagar taxas ou custas via Pix para evitar prejuízos ou concluir ações. Essa cobrança inesperada e imediata já é um indício de golpe. Por isso, confirme qualquer situação diretamente com o advogado responsável (se tiver um) ou consulte o site da OAB para verificar a identidade do profissional.

Outro golpe que circulou no WhatsApp em 2025 é o da dívida ativa. Nele, os golpistas enviam mensagens falsas que simulam cobranças de órgãos federais, como a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional ou a Receita Federal do Brasil, com links para suposta regularização. Como forma de convencer a vítima, os criminosos ameaçam bloqueio de CPF ou contas bancárias para pressionar pelo pagamento de uma taxa inexistente. Novamente: desconfie sempre de cobranças feitas fora dos canais oficiais e lembre-se de que dívidas só podem ser negociadas pelo site oficial da PGFN.

9. Golpe do JusBrasil no WhatsApp

Os criminosos usam indevidamente o nome do JusBrasil — plataforma de informação jurídica que organiza e disponibiliza dados públicos de processos — para enviar links maliciosos, fingindo oferecer acesso a processos ou informações jurídicas legítimas. Fique atento a contatos de supostos representantes jurídicos que enviam links externos e insistem para que você clique neles. Para evitar o golpe, acesse informações jurídicas apenas pelo site oficial do JusBrasil e desconfie de mensagens recebidas por WhatsApp.

Neste golpe, os criminosos se passam por transportadoras e enviam mensagens dizendo que há problemas na entrega de uma encomenda. Para liberar o produto, pedem o pagamento de taxas extras via Pix. Muitas vezes, eles usam dados reais de uma compra realizada pela vítima para dar credibilidade. O sinal de alerta é a cobrança inesperada e fora dos canais oficiais da loja. A forma de se proteger é consultar sempre o rastreamento oficial da transportadora ou da loja onde a compra foi feita.

 Mariana Saguias/TechTudo Golpe da transportada pede pagamento de taxas para entregas que não existem — Foto: Mariana Saguias/TechTudo

11. Como se proteger de golpes no WhatsApp?

O primeiro passo é ativar a verificação em duas etapas no aplicativo, o que adiciona uma camada extra de segurança contra clonagem. Também é importante desconfiar de mensagens que pedem dinheiro ou dados pessoais com urgência, já que esse é o recurso mais usado pelos golpistas para pressionar a vítima.

Nunca compartilhe códigos de verificação recebidos por SMS, pois eles são a chave para que criminosos assumam sua conta. Outro cuidado importante é evitar clicar em links ou abrir arquivos enviados por desconhecidos, mesmo que pareçam legítimos. Além disso, sempre confirme informações diretamente com familiares, empresas ou órgãos públicos pelos canais oficiais.

12. Caí no golpe do WhatsApp, e agora?

Se você foi vítima, a primeira medida é registrar um boletim de ocorrência, que pode ser feito presencialmente ou pela Delegacia Virtual do seu estado. Esse registro é importante para que as autoridades tenham conhecimento do crime e possam investigar. Guarde todos os registros — como prints das conversas e comprovantes de transferências —, pois eles podem servir como prova durante o processo

Em seguida, entre em contato com seu banco imediatamente para tentar bloquear transações ou reverter transferências feitas. Altere senhas de e-mails, redes sociais e aplicativos bancários, pois os criminosos podem tentar acessar essas contas. Por fim, avise seus contatos próximos sobre o golpe, para que não sejam enganados por mensagens enviadas em seu nome.

13. Como denunciar golpe do WhatsApp?

A denúncia pode ser feita diretamente no próprio aplicativo: basta abrir a conversa com o contato suspeito, acessar as opções e selecionar “Denunciar”. Isso ajuda o WhatsApp a identificar e bloquear contas fraudulentas. Outra forma, como dito anteriormente, é registrar a ocorrência junto à Polícia Civil para garantir que o crime seja oficialmente investigado.

Em casos que envolvem órgãos públicos ou cobranças falsas, como dívidas ativas, é importante comunicar diretamente a instituição envolvida — por exemplo, a OAB ou a Receita Federal — para que ela também atue internamente.

 Mariana Saguias/TechTudo Veja como denunciar golpe no WhatsApp — Foto: Mariana Saguias/TechTudo

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