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Guilherme Derrite, o político ex-tenente da Rota

Guilherme Derrite, o político ex-tenente da Rota

Guilherme Muraro Derrite nasceu em Sorocaba, em 10 de outubro de 1984. Conhecido como Capitão Derrite, é um PM da reserva. Ele ingressou na Polícia Militar em 2007 e possui formação em direito e em ciências policiais e segurança pública

Sua trajetória militar inclui ter sido tenente da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), a tropa de elite da PM paulista. Derrite comandou patrulhas nessa unidade entre 2010 e 2013

Em 2014, ele migrou para o Corpo de Bombeiros, que faz parte da PM. Derrite alcançou o posto de capitão após sua passagem para a reserva da corporação

Seu desligamento do efetivo da Rota ocorreu devido ao grande número de confrontos e de pessoas mortas em serviço, o que foi admitido pelo próprio Derrite. Ele narrou ter tido "muita ocorrência de troca de tiro"

Em um áudio de 2015, que lhe rendeu punição, ele chegou a dizer ser "vergonhoso" um policial não ter ao menos três mortes de suspeitos em cinco anos de trabalho. Ele reconheceu posteriormente que essa fala foi um "erro"

Derrite lançou-se na política em 2018, elegendo-se deputado federal na onda que levou Jair Bolsonaro ao poder. Ele é um bolsonarista incondicional, aliado da família do ex-presidente, e defensor de políticas linha-dura

Foi eleito deputado federal em 2018 (pelo PP) e reeleito em 2022 (pelo PL). Derrite se licenciou do cargo parlamentar para assumir a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo na gestão de Tarcísio de Freitas

Especialistas da área criticaram a nomeação pela sua falta de experiência em gestão e por ter sido um oficial subalterno (tenente), já que o secretário comanda coronéis e toda a Polícia Civil

No início, Derrite e Tarcísio mostraram-se contrários ao uso de câmeras em uniformes da PM, mas ele voltou atrás após assumir o cargo. Após ter tomado conhecimento dos dados, afirmou que as câmeras apresentaram “muita coisa boa”

No começo de novembro de 2025, ele foi exonerado do cargo de secretário para retornar à Câmara dos Deputados e assumir o cargo de relator do PL Antifacção, que altera a Lei Antiterrorismo, ampliando a definição de terrorismo e endurecendo penas

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