'Guiou a Igreja na crise', 'defendeu os marginalizados': como a imprensa internacional repercutiu morte do Papa Francisco

Veja abaixo como a imprensa internacional noticiou a morto do papa Francisco.

O jornal New York Times, um dos principais dos Estados Unidos, relembrou como Franscico "entrou em conflito com os tradicionalistas em sua luta por uma Igreja Católica Romana mais inclusiva, e que se manifestou incansavelmente em prol dos migrantes, dos marginalizados e da saúde do planeta".

O canal britânico BBC News descatou que "católicos do mundo lamentam a morte do papa Francisco". Em um dos textos, o jornal afirma como o Francisco "era um crítico ferrenho dos poderosos, e sua influência era sentida muito além da fé".

O The Washington Post disse que estilo inclusivo do papa "lhe rendeu adoração e críticas, mesmo tendo feito poucas mudanças na doutrina católica", além de destacar "como primeiro pontífice latino-americano, ele remodelou o papado com sua abertura e empatia pelos marginalizados".

O jornal britânico The Guardian destacou em obituário como o "líder da Igreja Católica que lutou pela justiça social, económica e por uma resposta urgente à crise climática". O texto destaca a quebra de paradigma de Francisco, como o o primeiro sucessor latino-americano e o primeiro líder de fora da Europa em mais de um milênio.

Já o espanhol El País repercuurtiu a morte do papa Francisco como "uma tempestade social e reformador na Igreja". Além disso, o jornal afirma que ele ensinou "a viver os valores do Evangelho com fidelidade, coragem e amor universal, especialmente pelos mais pobres e marginalizados".

O jornal argentino Clarín disse que o "argentino que transformou a Igreja e trabalhou para torná-la mais inclusiva, morreu" e definiu o papa como um dos mais "importantes líderes espirituais e politicos das últimas décadas".

Outro jornal argentino, o La Nación, definiu a morte do líder religioso como um "choque global". No obituário, a veículo definiu Francisco como "o simples papa do fim do mundo que quebrou o molde e abriu a Igreja como nunca antes".

A rede norte-americana CNN destacou como pontífice "fez críticas contundentes ao tratamento dado por Trump aos migrantes nos últimos meses", além de descrever o papa como “outsider” por enfrentar resistência às reformas propostas.

O Aljazeera definiu Francisco como "o pontífice que ultrapassou os limites da Igreja — mas não os quebrou". Na manchete, o jornal disse que os "sinos tocam em todo o mundo" após a morte do papa.

Nascido em 17 de dezembro de 1936 em Buenos Aires, na Argentina, Francisco foi o primeiro papa latino-americano da história. Ele também foi o primeiro pontífice da era moderna a assumir o papado após a renúncia do seu antecessor e, ainda, o primeiro jesuíta no posto.

À frente da Igreja Católica por quase 12 anos, Francisco foi o papa número 266. Em 13 de março de 2013, durante o segundo dia do conclave para eleger o substituto de Bento XVI, Bergoglio foi escolhido como o novo líder – inclusive contra a sua própria vontade, segundo ele mesmo admitiu. Relembre a carreira do papa mais abaixo.