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Haddad e Alckmin ganham força para disputar governo de SP com permanência de Tarcísio

Os nomes do ministro da Fazenda Fernando Haddad e do vice-presidente Geraldo Alckmin têm sido citados por lideranças do PT em São Paulo como as principais opções para enfrentar o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) nas eleições de 2026.

Desde sexta-feira (5), o tema ganhou força com o anúncio de que o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) foi escolhido pelo seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como o candidato presidencial do grupo. Com a concretização desse cenário, que ainda é visto com certo ceticismo por aliados e opositores da família Bolsonaro, Tarcísio disputaria a reeleição em São Paulo.

Contra o governador, avaliam petistas, como se trata de um candidato com bastante potencial de votos, a oposição precisa lançar um nome de envergadura nacional, como Haddad, o mais citado, ou Alckmin. A decisão final sobre o melhor nome entre os dois ainda precisaria passar por deliberação do presidente Lula (PT) e conversas com os próprios possíveis candidatos.

Vice-presidente do PT, o deputado federal Jilmar Tatto afirma que Haddad e Alckmin são os dois melhores nomes para a disputa.

"Haddad foi bem na última eleição e Alckmin já foi governador do estado quatro vezes. O Brasil mudou muito em relação a 2022, as condições são outras, nós estamos no governo federal. A melhor coisa na política é quando o político já ganhou, que é o caso do Tarcísio. O governo dele tem muitos problemas: pedágios, segurança, relação ruim com prefeitos. Em tese, ele é um adversário mais difícil [que as alternativas], mas ele não é invencível", afirma Tatto.

Antonio Donato (PT-SP), deputado estadual, diz que tem reproduzido o lema de "só mais 6%", segundo o qual basta tirar essa diferença para que Haddad vença Tarcísio em 2026. A conta está baseada na vitória do bolsonarista sobre o atual ministro da Fazenda por 55,27% a 44,73% no segundo turno em 2022.

Donato destaca que o ministro hoje tem entregas importantes de sua pasta para apresentar na campanha, como os menores patamares de desemprego na série histórica e a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5000, ao passo que o governador será cobrado de maneira diferente do que foi na eleição anterior, que foi sua estreia. Em 2026, avaliam, ele terá problemas de um mandato inteiro para tentar justificar pela primeira vez.

Paulo Fiorilo, também deputado estadual em São Paulo pelo PT, afirma que o partido sempre trabalhou com dois cenários, a permanência ou não de Tarcísio, e diz que, por isso, o anúncio de Flávio Bolsonaro como candidato presidencial não muda a estratégia de concentrar forças na crítica ao atual mandato do governador.

Com o Tarcísio como adversário, no entanto, e não com um indicado seu, Fiorilo afirma que será mais fácil relacionar a figura criticada aos problemas apontados, ainda que reconheça que ele é, sim, um adversário possivelmente mais forte do que as alternativas que estavam colocadas, como o vice-governador Felício Ramuth (PSD), o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo André do Prado (PL).

Assim como foi em 2022, a disputa pelo governo de São Paulo deverá ser um palanque importante para Lula em sua provável busca pela reeleição em 2026, e, por isso, líderes do partido também reforçam a necessidade de ter uma candidatura forte no estado.

Na última eleição, por exemplo, ainda que Haddad tenha sido derrotado, a campanha foi vista como bem-sucedida pelos petistas devido à margem relativamente pequena de diferença no segundo turno e ao suporte à candidatura presidencial de Lula, com eventos conjuntos e articulação de propostas.

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