O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a possível vitória de Javier Milei na disputa presidencial da Argentina preocupa o Brasil. O primeiro turno da eleição será realizado no próximo domingo, 22.
Recentemente, o candidato liberal argentino recebeu o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro e criticou o atual presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva. Ele chamou o petista de “comunista raivoso” e “socialista com vocação totalitária”.
“É natural que eu esteja (preocupado)”, disse Haddad, durante uma entrevista à agência de notícias Reuters. O conteúdo foi publicado nesta quinta-feira, 19.
“Uma pessoa que tem como uma bandeira romper com o Brasil, uma relação construída ao longo de séculos, preocupa”, afirmou o ministro da Fazenda.
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“É natural isso”, continuou Haddad. “Preocuparia qualquer um. Porque, em geral, nas relações internacionais, você não ideologiza a relação.”
Milei afirmou que, caso seja eleito, a Argentina pode deixar o Mercosul. O bloco reúne, além da Argentina, o Brasil, o Paraguai e o Uruguai. Sob ditadura socialista, a Venezuela está suspensa do grupo.
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O ministro da Fazenda do Brasil disse que a Argentina é “um vizinho do Brasil, principal parceiro na América do Sul”. Na sequência, Haddad reforçou a preocupação diante de uma eventual vitória de Milei. “Preocupa quando um candidato diz que vai romper com o Brasil. Você fez o que para merecer esse tipo de tratamento?”
Situação da eleição na Argentina
O processo eleitoral para decidir quem será o próximo presidente da Argentina vai acontecer no próximo domino 22. Caso nenhum dos candidatos alcance 45% dos votos válidos, haverá um segundo turno, marcado para 19 de novembro.
Além de Milei, disputam a Presidência o atual ministro da Economia e representante do peronismo, Sergio Massa, e a candidata apoiada pelo ex-presidente argentino Mauricio Macri, Patricia Bullrich.
Nas prévias, disputadas em 13 de agosto, Milei foi o vencedor. Ele foi seguido por Massa. Patricia ficou em terceiro lugar.
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