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Homem que guardava corpo mumificado da mãe é preso vestido de mulher por receber aposentadoria da idosa morta

Um homem de 58 anos foi preso em uma vila perto de Mântua, na Itália, vestido de mulher, enquanto tentava renovar a carteira de identidade de sua mãe com o objetivo de manter os pagamentos da aposentadoria. As autoridades encontraram o corpo mumidicado da mulher em sua residência.

Não se sabe há quanto tempo a aposentada, identificada como Graziella dall'Oglio, estava morta. O prefeito local, porém, afirma que ela não era vista há cerca de dez anos.

"Tudo começou com a intuição de uma funcionária do cartório. Mediante agendamento, ela atendeu uma mulher que queria renovar sua carteira de identidade vencida. Uma mulher muito parecida com a da foto no documento", contou ao jornal Corriere della Sera o prefeito de Borgo Virgilio, Francesco Aporti.

"Mas havia algo que incomodava a funcionária, como os pelos no pescoço, a maquiagem carregada, e parecia que havia buracos na barba por fazer, visíveis apenas pela maquiagem."

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A funcionária relatou o episódio à polícia local, que iniciou uma investigação. Ao verificar as imagens da câmera de segurança, os agentes viram que a suposta idosa tinha ido ao cartório dirigindo, apesar de não possuir carteira de habilitação.

A polícia também acessou bancos de dados de serviços de saúde, sem encontrar registros recentes de Graziella. Eles notaram, porém, que ela entregava todos os anos declarações de imposto de renda, indicando o recebimento de 53 mil euros (cerca de R$ 330 mil) anuais de aposentadoria.

Diante da suspeita, os policiais avisaram o filho por telefone que a renovação da carteira não havia sido concluída, e que a ida da mãe era necessária uma nova ida ao cartório para destravar o processo — ele disse que ela retornaria ao local. Uma vez no cartório, ele foi interpelado por um agente à paisana e convidado a ir até a delegacia, do outro lado da rua.

Lá, ao ser interrogado, o homem finalmente admitiu estar fingindo ser a própria mãe. Ele não teve o nome divulgado, mas, segundo as declarações de Aporti ao jornal, trata-se de um enfermeiro de 58 anos, filho único de Graziella, que estava desempregado. Seu pai, um médico, também já havia morrido.

Ele teria aceitado sem resistência que as autoridades inspecionassem sua casa, na qual encontraram um corpo mumificado. O cadáver foi encaminhado à autópsia.

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