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'Hong Kong empilha pessoas': entenda densidade extrema e recorde global de arranha-céus, como o que causou tragédia

Fantástico mostrou como a região enfrenta crise com falta de espaço para expandir e verticalização cada vez mais intensa. Nesta quarta, incêndio em enorme condomínio de arranha-céus deixou mortos e feridos.


Entenda a crise moradia em Hong Kong

Entenda a crise moradia em Hong Kong

Em outubro, o Fantástico mostrou a crise imobiliária que assola Hong Kong, apontada por diversos rankings internacionais como o local com o metro quadrado mais caro do planeta. A região vive uma das situações de moradia mais extremas do mundo, marcada pela combinação de alta demanda, oferta limitada, falta de espaço para expandir e prédios cada vez mais altos.

O que explica a densidade vertical extrema?

Assim como em outras grandes cidades, a demanda por moradia cresceu muito mais rápido do que a oferta. Há poucas casas disponíveis — cenário que também afeta São Paulo, Londres e Nova Iorque. Mas, em Hong Kong, o problema é agravado pelo fato de que, embora exista terra, grande parte dela não está preparada para construção.

O governo controla esses terrenos e os libera aos poucos em leilões, o que mantém os preços elevados.

Maior concentração mundial de arranha-céus

Sem possibilidade de expansão horizontal, a cidade passou a crescer para cima. Hoje, Hong Kong apresenta uma densidade vertical sem paralelo: são 558 arranha-céus com mais de 150 metros e cerca de 4.000 prédios acima de 100 metros.

Hong Kong está empilhando as pessoas, define o repórer Rodrigo CarvalhoA crise, segundo especialistas, nasce da combinação entre especulação imobiliária e precariedade do trabalho. Betty Xiao Wang, professora da Universidade de Hong Kong, alerta: “Há moradores de rua em Londres, Nova York. Aqui, basicamente, eles estão alojados nos apartamentos-caixão. Se o governo proibisse completamente, pra onde iriam? Para as ruas?”.

Homem reage a incêndio em conjunto de arranha-céus em Hong Kong em 26 de novembro de 2025. — Foto: REUTERS/Tyrone Siu

Incêndio devasta prédios de condomínio em Hong Kong e deixa ao menos 12 mortos

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