IBC-Br, a prévia do PIB, confirma freada na atividade no segundo semestre

Com a previsão de avançar 0,1% a 0,2%, no terceiro trimestre, e ficar estável, em relação ao terceiro trimestre, no último quarto do ano, o PIB de 2025 fecharia com expansão em torno de 2% — as previsões variam num intervalo curto de 0,2 ponto percentual, para mais ou para menos, indo de 1,98% a 2,2%.

Para dar uma ideia da força dessa desaceleração, basta "anualizar" o crescimento trimestral. Se a economia avançasse, por quatro trimestres consecutivos, o que se expandiu no primeiro trimestre de 2025 (1,4%), o crescimento em um ano chegaria a 5,7%. Se o mesmo exercício fosse feito para a previsão de crescimento do terceiro trimestre (0,1% ou 0,2%), o avanço em um ano ficaria restrito a apenas 0,4% ou 0,8%.

Aqui não custa fazer alguns esclarecimentos. O quadro é de desaceleração no ritmo de crescimento da economia — não de uma recessão ou de contração do crescimento. A economia deve continuar crescendo, só que em ritmo mais lento.

Se as projeções se confirmarem, e, a esta altura, dificilmente não se confirmarão, nos três anos já quase completados do terceiro mandato de Lula, o PIB terá evoluído 8,8%, expressando média anual de 2,9%.

Considerando as projeções de momento para a expansão do PIB em 2026, entre 1,5% e 1,8%, no atual período presidencial de Lula, a economia terá avançado 10,5%, com crescimento médio anual de 2,6%. Esse ritmo de crescimento médio anual é duas vezes mais acelerado que o registrado no governo de Jair Bolsonaro, e 1,8 vezes acima do observado no governo tampão de Michel Temer.

A marcha do IBC-Br em 2025 não está sendo diferente da que se verificou nos anos anteriores do atual mandato de Lula. Forte puxada para cima, no primeiro trimestre, com base em expansão excepcional do setor agropecuário, e freio a partir do segundo trimestre, quando o agro começa a puxar o PIB para baixo. Uma exceção foi o crescimento de 1,4%, no terceiro trimestre do ano passado.