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Imóveis de luxo superam juros altos e aquecem o mercado imobiliário

Ambiente é desafiador para famílias de classe média. A faixa de renda depende das linhas de financiamento para a aquisição de imóveis de até R$ 1,5 milhão e tende a ser a mais afetada pelo ambiente econômico. Os juros mais caros e a necessidade de arcar com entradas maiores desestimulam as negociações. Líder no mercado de financiamentos no Brasil, a Caixa Econômica elevou de 20% para 30% o percentual exigido sobre o valor do imóvel para a assinatura dos contratos.

Os impactos desse aumento devem ser sentidos pelo mercado neste ano, já que quem estava se programando e tinha somente 20% para a entrada, somado ao aumento de juros, deverá rever o orçamento.
Marcos Leite, CRO do Grupo OLX

Compradores de imóveis na planta serão impactados. O peso no bolso vai surgir com a necessidade de efetivar um financiamento anos após o planejamento inicial e com uma realidade distinta. "Essa pessoa até se programou há três anos e tinha condições de assumir um financiamento. Mas a taxa de juros dobrou e as parcelas podem se tornar impagáveis", afirma Tapai ao observar a possível elevação dos distratos em breve.

Saques da poupança tornam o cenário ainda mais desafiador. Por determinação do BC, 65% das aplicações nas cadernetas precisam ser destinadas ao SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) para auxiliar no financiamento imobiliário. No entanto, a captação líquida da poupança opera no vermelho desde 2021 e totaliza um volume de saques R$ 209,8 bilhões, superior aos depósitos nos últimos quatro anos.

Quando o banco tem que usar outras fontes, ele provavelmente prefere emprestar esse dinheiro para outro tipo de negócio, que oferece maior liberdade para movimentar os recursos.
Marcelo Tapai, advogado especialista em mercado imobiliário

Minha Casa Minha Vida

Subsídios impedem dano significativo ao programa habitacional. A avaliação considera o fomento para estimular a linha destinada a famílias com renda mensal bruta de até R$ 8.000 com taxas de juros abaixo das praticadas pelo mercado financeiro. "O governo entende que a economia funciona com a construção civil", destaca Tapai.

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