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Índice de inflação avança 0,26% em julho

Energia elétrica residencial acumula alta de 10,18% de janeiro a julho

A inflação do país foi de 0,26% em julho, subindo 0,02 ponto percentual em relação a junho (0,24%). O resultado mensal novamente foi influenciado pela energia elétrica residencial, que registrou o maior impacto individual no índice, assim como nos meses de maio e junho. No ano, a inflação acumulada é de 3,26% e, nos últimos 12 meses, de 5,23%. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo IBGE. "De janeiro a julho, energia elétrica residencial acumula uma alta de 10,18%, destacando-se como o principal impacto individual no resultado acumulado do IPCA (3,26%). Esta variação (10,18%) é a maior para o período janeiro a julho desde 2018 quando o acumulado foi de 13,78%.", destaca Fernando Gonçalves, gerente do IPCA.

Em julho, manteve-se a bandeira tarifária vermelha patamar 1, vigente desde junho, que adiciona R$ 4,46 na conta de luz a cada 100 KWh consumidos. Além disso, a alta reflete o reajuste de 13,97% em uma das concessionárias em São Paulo (10,56%), vigente desde 4 de julho; 1,97% em Curitiba (2,47%), desde 24 de junho; 14,19% em uma das concessionárias de Porto Alegre (1,48%), a partir de 19 de junho, além da redução de 2,16% nas tarifas de uma das concessionárias do Rio de Janeiro (0,71%), a partir de 17 de junho. "Sem a contribuição da energia elétrica, o resultado do IPCA de julho ficaria em 0,15%", informou o gerente.

Pelo lado das altas, o grupo de despesas pessoais teve a segunda maior variação e impacto no mês de julho. A alta foi impulsionada pelo reajuste, a partir de 9 de julho, nos jogos de azar (11,17%), subitem que registrou o terceiro maior impacto individual no índice. O grupo de transportes acelerou de junho (0,27%) para julho (0,35%), impulsionado pela alta nas passagens aéreas (19,92%), que registraram o segundo maior impacto individual na inflação de julho). Os combustíveis, por sua vez, recuaram 0,64% em julho com quedas nos preços do etanol (-1,68%), do óleo diesel (-0,59%), da gasolina (-0,51%) e do gás veicular (-0,14%).

"O grupamento dos combustíveis registrou queda nos preços pelo quarto mês consecutivo. Em junho, houve redução no preço da gasolina nas refinarias", pontua Gonçalves. O grupo também sofreu influência da gratuidade concedida aos domingos e feriados no metrô (0,16%), em Brasília (2,8%), e no ônibus urbano (0,46%), em Brasília (2,8%) e Belém (6,68%), além da redução de tarifa aos domingos e feriados em Curitiba (2,94%). O táxi (0,21%) incorporou o reajuste médio de 8,71% nas tarifas em Belo Horizonte (2,05%), a partir de 7 de junho.

O grupo de alimentação e bebidas ficou negativo pelo segundo mês consecutivo (em junho, a variação foi de -0,18%). A queda foi puxada pela alimentação no domicílio (-0,69%), com destaque para batata-inglesa (-20,27%), cebola (-13,26%) e arroz (-2,89%). Já a alimentação fora do domicílio acelerou de 0,46% em junho para 0,87% em julho, com destaque para o subitem lanche, que subiu de 0,58% em junho para 1,9% em julho. "Com a queda de alimentos importante na cesta de consumo das famílias, o resultado do IPCA no mês ficou em 0,26%. Sem a contribuição dos alimentos, a inflação seria de 0,41%. As altas no grupamento de alimentação fora do domicílio refletem o período de férias", explica o gerente.

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