Os indicadores industriais, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), revelam recuperação da indústria de transformação em junho. Os índices de faturamento, horas trabalhadas na produção, massa salarial real, rendimento médio e utilização da capacidade instalada avançaram. Além disso, apesar de ter mostrado estabilidade, o indicador de emprego se encontra em patamar elevado. "Esse avanço é explicado pelo fim da greve dos trabalhadores do setor automotivo e pelo retorno das atividades nas indústrias que tiveram a produção interrompida, tanto de forma direta como indiretamente, pelas enchentes no Rio Grande do Sul", explica Marcelo Azevedo, gerente de análise econômica da CNI.
A pesquisa revela que o faturamento real da indústria de transformação avançou 6,3% em junho, na comparação livre de efeitos sazonais. No mês anterior, o indicador registrou queda de 4,8%. O aumento resulta no crescimento de 1,4% do faturamento real entre janeiro e junho, na comparação com o mesmo período de 2023. Já o emprego da indústria de transformação se manteve estável na passagem de maio para junho, com uma variação de 0,1%, na comparação livre de efeitos sazonais. Entre janeiro e junho desse ano, houve crescimento de 1,6% quando comparado com o primeiro semestre do ano passado. O indicador de número de horas trabalhadas também registrou avanço de 2,2% na passagem de maio para junho, na série livre de efeitos sazonais. Neste semestre, houve um crescimento de 2,6% em comparação aos primeiros seis meses do ano passado.
A massa salarial real da indústria de transformação cresceu 4,3% na passagem de maio para junho, na série livre de efeitos sazonais. Em comparação com junho de 2023, foi registrado um avanço com a mesma porcentagem (4,3%). Já no acumulado entre janeiro e junho, a massa salarial teve avanço de 3,8% frente ao mesmo período de 2023. O rendimento médio dos trabalhadores da indústria de transformação avançou 4,2% em junho, na comparação livre de efeitos sazonais. Comparado com o mesmo mês no ano passado, o avanço foi de 2,1%. Entre janeiro e junho, o rendimento médio acumulou crescimento de 2,2%, na comparação com o mesmo período de 2023.
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