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Instalação de baterias no polo petroquímico de Triunfo deve absorver R$ 100 milhões em investimentos

A implantação de um Sistema de Armazenamento de Energia (BESS) no polo petroquímico de Triunfo para atender à Braskem deve representar um investimento de aproximadamente R$ 100 milhões. A empresa avalia a contratação de um parceiro para a instalação de baterias de grande porte no complexo, em um projeto dividido em duas fases.

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A implantação de um Sistema de Armazenamento de Energia (BESS) no polo petroquímico de Triunfo para atender à Braskem deve representar um investimento de aproximadamente R$ 100 milhões. A empresa avalia a contratação de um parceiro para a instalação de baterias de grande porte no complexo, em um projeto dividido em duas fases.

O diretor de energia e descarbonização industrial da Braskem, Gustavo Checcucci, detalha que a ação funcionará como uma medida de segurança e também de menor impacto ambiental. “Em uma eventual ocorrência do setor elétrico (interrupção do fornecimento pela rede), rapidamente a bateria vai assumir”, explica o dirigente.

Atualmente, a Braskem possui uma geração de energia elétrica interna no polo de Triunfo que é feita através de combustíveis fósseis, provenientes de resíduos do processo industrial da empresa a partir da nafta e eventualmente de gás natural. Checcucci enfatiza que a bateria será utilizada para reduzir a necessidade dessa cogeração que é feita hoje. Assim, seria possível economizar o uso do recurso fóssil, que pode ser convertido em mais produtos para serem comercializados pela própria Braskem.

A primeira fase do projeto de armazenamento contemplará um sistema de baterias com capacidade para 9,5 MW (o suficiente para abastecer uma cidade com em torno de 35 mil residências) e aporte de R$ 60 milhões. Com a medida, seria possível diminuir a emissão de 65 mil toneladas de CO2 por ano. A segunda etapa abrangerá uma nova estrutura do mesmo porte, com investimento de R$ 40 milhões.

O engenheiro Marcel Dall Pai comenta que a iniciativa foi dividida em dois estágios porque, sem mexer na estrutura da planta, é possível em um primeiro momento implementar os 9,5 MW. Posteriormente, será viável realizar alguns aprimoramentos para praticamente dobrar essa capacidade.

As baterias serão aproveitadas para atender às unidades mais essenciais da Braskem no polo gaúcho, ou seja, as fábricas de primeira geração petroquímica, que fornecem os insumos para a produção das resinas termoplásticas. Pai ressalta que a companhia desenvolverá o projeto através de um parceiro. “A gente contratará um serviço de armazenamento de energia para a unidade, não é a Braskem diretamente fazendo”, diz o engenheiro. Checcucci acrescenta que há possíveis fornecedores da solução tanto no mercado interno como no externo.

De acordo com o diretor de energia e descarbonização industrial da Braskem, a “batida de martelo” sobre o desenvolvimento do empreendimento deverá ocorrer até o primeiro semestre do próximo ano, para fazer a implantação da estrutura ao longo de 2026. O sistema de armazenamento, que utilizará baterias de lítio-fosfato-ferro (LFP), ocupará uma área de cerca de 1,5 mil metros quadrados no complexo Triunfo. A vida útil desses equipamentos é estimada em aproximadamente 20 anos.

Checcucci salienta que a Braskem, globalmente, conduz um programa de descarbonização de suas atividades. A meta da companhia é reduzir em 15% as suas emissões de gases de efeito estufa até 2030. Nos últimos quatro anos, o dirigente comenta que nessa iniciativa, entre os investimentos efetuados e decididos, são cerca de R$ 4 bilhões contemplados. As soluções para serem adotadas, segundo ele, precisam ser competitivas economicamente, inovadoras, confiáveis e flexíveis.

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