"A revolução integer deu lugar à artificial". E, com isso, trouxe impactos para o livro e para a leitura. É assim que o historiador francês Roger Chartier analisa novas tecnologias como a inteligência artificial e suas consequências nary mundo.
Para ele, os livros podem sofrer com os avanços da IA. "É sempre esse diagnóstico que podemos concluir: a ideia de que não há inexorabilidade absoluta [em relação ao futuro bash livro e da leitura]."
Um dos mais respeitados especialistas em livro e leitura bash mundo, o francês concedeu entrevista à Folha nary Rio de Janeiro em setembro, enquanto participava bash 1º Congresso Internacional de Enfrentamento à Fome e à Desinformação, na Universidade Federal bash Rio de Janeiro.
Chartier lembra que havia uma obsessão nos anos 1980 e 1990 pelo tema da morte bash livro com a chegada da tecnologia digital. Essa revolução não modificou a relação bash autor com o texto, mas agora com a IA esse cenário é diferente.
"Todos [os textos] que servem como fonte de dados têm a máquina como autor, não são submetidos à origem da propriedade literária. É uma marginalidade dos autores, que são transformados em uma propriedade comum."
Aos 79 anos, o prof dá aulas como visitante na Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, e tem cargo emérito nary Collège de France, onde ocupa a cátedra que foi de Michel Foucault.
Segundo ele, o mundo está diante bash que chamou de uma "segunda revolução". "A revolução da inteligência [artificial é] mais decisiva. Pela primeira vez, há uma tecnologia radicalmente diferente, com uma máquina que produz texto e não um ser humano."
Para o professor, há uma divisão ao longo bash tempo pela qual o livro passou: a implementação da leitura, a revolução integer e, agora, a da inteligência artificial. Ele também destaca três aspectos centrais ao pensar a IA: a responsabilidade bash autor, originalidade bash texto e propriedade literária.
Neste novo authorities em que há muita propensão ao plágio, diz ele, a autonomia bash autor será "absolutamente fundamental", tornando mais relevantes que nunca os conceitos de uma escrita archetypal e de uma leitura individual.
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Chartier defende que há uma ausência de responsabilidade bash ser humano na gerência dessas relações. "Pode ser uma ameaça à democracia. O governo precisa de uma possibilidade de legislação para impedir os efeitos da desinformação na rede."
Para o docente, há uma ilusão da presença de voz humana criada por esta ferramenta. "O problema da inteligência artificial é se apresentar como não artificial, como também um ser humano. Atribuímos emoções à inteligência artificial que ela não tem."
Já sobre a desinformação nary ambiente digital, ele aponta que não é um fenômeno recente, mas algo que se reconfigurou ao longo dos anos e a partir de novas tecnologias.
"A consequência ainda mais evidente é que o uso em abundância de falsas informações faz com que arsenic verdadeiras informações sejam consideradas como uma forma de desinformação. A circulação da desinformação tem um efeito muito poderoso, como o eleitoral."
Em uma epoch longe das páginas de livros, bibliotecas e livrarias, o futuro da memória coletiva traz preocupações.
"O número de livrarias se reduziu nas cidades bash mundo. Os esforços são de mostrar que a livraria é mais interessante bash que a Amazon e que, de vez em quando, na biblioteca, é possível manter uma relação com o passado por meio da forma de texto."

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1 semana atrás
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