7 horas atrás 1

Irã promete reconstruir bases nucleares bombardeadas pelos EUA

A declaração de Pezeshkian é um desafio ao presidente dos EUA, Donald Trump, que ameaçou realizar novos ataques caso Teerã tentasse reparar os quatro locais atingidos por um bombardeio massivo americano com bombas antibunker, que incluíram a usina fortificada de Fordow, a usina nuclear de Isfahan e o complexo de enriquecimento de urânio de Natanz.

O Irã tem enfrentado confrontos intermitentes com o Ocidente sobre seu programa nuclear por mais de duas décadas, desde que instalações secretas de enriquecimento foram expostas. O país voltou a ter desavenças com os europeus após a reimposição de sanções ao Irã por conta de entraves em negociações, iniciadas após os bombardeios dos EUA, para limitar o programa nuclear de Teerã.

O que disse o presidente iraniano?

Veja os vídeos que estão em alta no g1

Veja os vídeos que estão em alta no g1

Durante uma visita à agência nuclear do país, Pezeskhian afirmou que o Irã "não será impedido" de reconstruir os locais danificados.

"Destruir prédios e fábricas não vai criar um problema para nós. Vamos reconstruir e com mais força", disse.

Depois, em vídeo postado nas redes sociais, Pezeskhian voltou a afirmar que Teerã não está buscando um programa de armas nucleares e insistiu que seus planos têm caráter puramente civil. "Tudo é destinado a resolver os problemas do povo, contra doenças, para a saúde das pessoas", acrescentou.

O Ocidente não acredita nas intenções iranianas e acredita que seria muito perigoso para a estabilidade mundial, e principalmente do Oriente Médio, se o país conseguisse armas nucleares. O Irã é o maior inimigo de Israel, que por sua vez tem os EUA como maior aliado.

Por que os EUA e Israel atacaram o programa nuclear do Irã?

O programa nuclear iraniano tem desafiado o escrutínio ocidental desde 2003, quando instalações secretas de enriquecimento foram descobertas, desencadeando duas décadas de sanções e negociações fracassadas.

As tensões aumentaram este ano depois que o Irã enriqueceu urânio a 83% de pureza em abril – muito acima das necessidades civis, mas ainda abaixo do nível necessário para armas nucleares. Teerã então expulsou inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) em maio, provocando ameaças dos Estados Unidos e de Israel.

Israel vê o programa nuclear iraniano como uma ameaça existencial e, em junho, travou um conflito de 12 dias contra a República Islâmica, visando suas instalações nucleares. Bombardeiros B-2 dos EUA, capazes de atingir locais profundamente enterrados, foram usados principalmente contra a usina nuclear de Fordo.

Trump afirmou na época que o programa nuclear iraniano havia sido destruído. Teerã rebateu e citou apenas danos severos.

Não há avaliação independente da destruição, já que o Irã cessou toda a cooperação com a AIEA.

Omã pressiona por novas negociações

No sábado, o tradicional intermediário do Irã, Omã, instou Washington e Teerã a retomar negociações para resolver o impasse.

Omã sediou cinco rodadas de tratativas EUA-Irã neste ano. Apenas três dias antes da sexta rodada, Israel iniciou seus ataques.

Para aumentar a pressão, sanções da ONU contra Teerã foram restauradas em setembro, depois que Reino Unido, Alemanha e França acionaram o mecanismo de "retomada automática" devido à alegada não conformidade do país com o acordo nuclear de 2015, firmado com potências globais.

No acordo, Teerã havia se comprometido a limitar seu programa nuclear, mas retomou o enriquecimento de urânio após Washington se retirar do acordo em 2018, durante o primeiro governo Trump.

Leia o artigo inteiro

Do Twitter

Comentários

Aproveite ao máximo as notícias fazendo login
Entrar Registro