A maior área sob controle contínuo do exército fica próxima à fronteira com Israel. Por lá, casas, e plantações foram destruídas a ponto de se tornarem inabitáveis, segundo soldados israelenses e organizações de direitos humanos.
Essa zona de segurança militar duplicou de tamanho nas últimas semanas.
Israel afirma que o domínio funciona como uma medida temporária para pressionar o Hamas a libertar os reféns capturados durante o ataque de 7 de outubro de 2023, que deu início à guerra. No entanto, especialistas dos direitos humanos afirmam que essas áreas podem ser usadas para controle permanente do território.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou recentemente que, mesmo após a derrota do Hamas, Israel manterá o controle de segurança em Gaza e incentivará a saída dos palestinos.
A destruição na fronteira é contínua desde o início da guerra, há 18 meses, segundo relatos de cinco soldados a Associated Press. Eles disseram que a ordem era destruir tudo: casas, fábricas, plantações, até árvores centenárias.
A organização de veteranos "Breaking the Silence" divulgou um relatório nesta segunda-feira (7) com relatos semelhantes, afirmando que a destruição deliberada prepara o terreno para o controle israelense futuro.
A zona tampão e o chamado Corredor Netzarim — que separa o norte do sul da Faixa de Gaza — juntos compõem pelo menos metade do território, segundo o professor Yaakov Garb - especialista em uso da terra entre israelenses e palestinos. Netanyahu também anunciou a intenção de abrir outro corredor para isolar a cidade de Rafah no sul.
Áreas inteiras antes povoadas e agrícolas agora estão em ruínas. Imagens de satélite mostram bairros densos reduzidos a escombros e várias novas bases militares israelenses.
Israel amplia cointrole em Gaza — Foto: Associated Press
A destruição dentro da zona tampão é mais metódica do que em outras partes de Gaza, disseram os soldados.
Os soldados também relataram que a zona era um “local de matar” sem limites definidos. Qualquer palestino que se aproximasse era alvejado — incluindo mulheres e crianças. Um deles, visivelmente abalado, disse: “Viemos para matar, mas percebi que estávamos matando tudo: homens, mulheres, crianças, gatos, cachorros, casas.”
O exército israelense afirma que suas ações são baseadas em inteligência e que evita causar danos a civis “o máximo possível”.
Ainda não está claro por quanto tempo Israel pretende manter essas áreas sob controle. Netanyahu afirmou que a guerra só acabará com a destruição do Hamas e a saída de seus líderes, após o que Israel assumirá o controle da segurança e incentivará a “emigração voluntária” dos palestinos — plano também defendido pelo presidente Donald Trump.
Especialistas israelenses afirmam que o objetivo é apenas garantir a segurança enquanto o Hamas não for desmantelado. Mas grupos de direitos humanos afirmam que a remoção forçada da população configura crime de guerra e, na zona tampão especificamente, “limpeza étnica”, pois os palestinos não poderão retornar.
Israel nega as acusações e diz que evacua civis das zonas de combate para protegê-los.

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7 meses atrás
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