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Israel diz estar se preparando para 'implementação imediata' da 1ª fase do plano de Trump para Gaza

Em comunicado, o Hamas sinalizou disposição para entrar imediatamente em negociações para discutir os detalhes do acordo. Isso não significa, porém, que o grupo tenha aceitado integralmente o plano da Casa Branca.

  • O plano apresentado pelos Estados Unidos prevê que o Hamas não participe de um novo governo na Faixa de Gaza.
  • Ainda segundo a proposta, todos os membros do grupo terrorista poderão ser anistiados, desde que entreguem as armas e aceitem em conviver de forma pacífica com Israel.
  • Veja os detalhes do plano mais abaixo.

O Hamas ainda mantém mais de 40 reféns sequestrados no dia 7 de outubro de 2023, durante o atentado terrorista contra Israel que resultou no início da guerra. Parte das vítimas está morta.

O grupo informou que aceita entregar o governo da Faixa de Gaza a um órgão independente formado por tecnocratas palestinos, “com base no consenso nacional palestino e no apoio árabe e islâmico”.

"Já estamos em discussões sobre os detalhes a serem definidos. Isso não se trata apenas de Gaza, trata-se de uma paz há muito buscada no Oriente Médio", publicou.

Abu Ubaida, porta-voz do Hamas, em foto de arquivo de novembro de 2019 — Foto: REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa

Na segunda-feira (29), a Casa Branca apresentou um plano com 20 pontos para encerrar a guerra na Faixa de Gaza imediatamente.

A proposta prevê o território como uma zona livre de grupos armados. Integrantes do Hamas podem receber anistia, desde que entreguem suas armas e se comprometam com a convivência pacífica.

  • Se o plano for implementado, Gaza passaria a ser governada por um comitê formado por palestinos tecnocratas e especialistas internacionais.
  • O grupo atuaria sob supervisão de um novo órgão chamado "Conselho da Paz", que seria presidido por Trump. Não está claro se Israel participaria do órgão.
  • Segundo a Casa Branca, o Hamas tem 72 horas para libertar todos os reféns mantidos desde o início da guerra, em 7 de outubro de 2023.
  • A proposta também prevê que Israel libere quase 2 mil prisioneiros palestinos. Além disso, a ONU e o Crescente Vermelho seriam responsáveis pela distribuição de ajuda na Faixa de Gaza.
  • O plano é vago sobre a criação do Estado da Palestina, mas indica um caminho que pode levar a esse reconhecimento no futuro.
  • Membros da comunidade internacional receberam a proposta de forma positiva. Por outro lado, moradores de Gaza disseram estar sem esperanças e temem uma piora no conflito.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que concorda com o plano e anunciou que avançará na ofensiva em Gaza caso o acordo não seja fechado. Por outro lado, ele disse que não aceitaria a criação de um Estado palestino.

A proposta dos Estados Unidos foi bem recebida pela comunidade internacional, sendo elogiada por países da Europa e até mesmo pela Autoridade Palestina. O Brasil também disse que apoiava a iniciativa.

Donald Trump — Foto: REUTERS/Ken Cedeno

Trump deu até as 19h de domingo, no horário de Brasília, para o Hamas aceitar o plano de paz para a Faixa de Gaza elaborado pelos Estados Unidos. Caso contrário, segundo ele, o grupo enfrentaria um “inferno total”.

Em um post na rede Truth Social, o presidente americano afirmou que a maioria dos militantes do grupo terrorista palestino, que descreveu como uma “ameaça implacável e violenta”, está “cercada e presa”, e que mais de 25 mil já foram mortos.

Trump disse que o plano de paz para encerrar o conflito em Gaza é a última chance de os integrantes sobreviventes do Hamas terem suas vidas poupadas.

“Teremos paz no Oriente Médio de uma forma ou de outra. A violência e o derramamento de sangue cessarão. Libertem os reféns, todos eles — incluindo os corpos daqueles que estão mortos —, agora! Um acordo deve ser firmado com o Hamas até domingo à noite. Todos os países assinaram. Se este acordo, uma última chance, não for firmado, um inferno como ninguém jamais viu antes se abaterá sobre o Hamas”, prometeu o presidente, usando uma expressão que também pode ser traduzida como “ofensiva devastadora” ou “caos absoluto”.

Trump também pediu aos “palestinos inocentes” que evacuem uma área não especificada, em antecipação a um possível ataque às forças remanescentes do Hamas.

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