No comunicado, o Itamaraty afirmou que acompanha com atenção as discussões que se seguiram desde o anúncio de Donald Trump e reafirmou a convicção de que o único caminho para a paz é a implementação de dois Estados: "um Estado da Palestina independente e viável, vivendo lado a lado com Israel, em paz e segurança".
O ministro deu essa declaração durante audiência na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados em resposta a uma indagação do deputado Luiz Carlos Hauly (Podemos-PR).
O governo israelense disse que vai continuar trabalhando em cooperação com os EUA para terminar a guerra de acordo "com os princípios estabelecidos por Israel, que são consistentes com a visão do presidente Trump".
Veja abaixo a nota do Itamaraty na íntegra e alguns pontos do plano dos EUA.
Íntegra da nota do Ministério das Relações Exteriores
O governo brasileiro acompanha com atenção as discussões que se seguiram ao anúncio, pelo governo norte-americano, em 29/9, de novo plano para cessar-fogo na Faixa de Gaza, cuja população segue assolada, decorridos dois anos, por mortes, deslocamentos forçados, fome e destruição de lares e de infraestrutura vital.
Ao reconhecer os esforços dos países mediadores para colocar fim ao conflito, o Brasil guarda expectativa de que, se aceito e implementado pelas partes, o plano resulte, entre outras medidas, na cessação imediata e permanente dos ataques israelenses à Faixa de Gaza, na libertação dos reféns remanescentes, na entrada desimpedida de ajuda humanitária e no início urgente da reconstrução do território, sob apropriação e supervisão palestina. Defende, ademais, a retirada completa das forças israelenses de Gaza e a restauração da unidade político-geográfica da Palestina.
Nesse contexto, o Brasil reafirma a convicção de que o único caminho para uma paz justa, estável e duradoura no Oriente Médio passa pela implementação da solução de dois Estados, com um Estado da Palestina independente e viável, vivendo lado a lado com Israel, em paz e segurança, dentro das fronteiras de 1967, incluindo a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, tendo Jerusalém Oriental como sua capital.
Considera, por fim, que qualquer Força Internacional de Estabilização a ser desdobrada na região deverá contar com um mandato cuidadosamente desenhado e devidamente aprovado pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Veja alguns pontos do plano dos EUA
Fim imediato da guerra e troca de reféns e prisioneiros
- O cessar-fogo ocorreria logo após a aceitação do plano.
- Israel libertaria prisioneiros, enquanto o Hamas devolveria todos os reféns em 72 horas.
- A troca incluiria também restos mortais de ambas partes.
Ajuda humanitária e reconstrução de Gaza
- Entrada imediata de alimentos, água, energia, hospitais e infraestrutura.
- Equipamentos para limpar escombros e reabrir estradas seriam autorizados.
- Distribuição feita pela ONU, Crescente Vermelho e outras entidades neutras.
- Um comitê palestino tecnocrático e apolítico assumiria a gestão local.
- Esse órgão seria supervisionado pelo “Conselho da Paz”, presidido por Trump.
- Não está claro se Israel participará do conselho internacional.
- O objetivo é preparar o retorno da Autoridade Palestina após reformas.
Desmilitarização e anistia ao Hamas
- Toda infraestrutura militar e de túneis seria destruída sob monitoramento internacional.
- Integrantes do Hamas poderiam entregar armas e receber anistia.
- Quem desejasse sair teria passagem segura para outros países.
Segurança internacional e futuro político
- Uma Força Internacional de Estabilização treinaria a polícia palestina.
- Israel se retiraria gradualmente do território, mantendo apenas um perímetro de segurança temporário.
- O plano prevê caminho para autodeterminação palestina e coexistência pacífica.

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4 semanas atrás
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