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Já ouviu falar no estol? Ele é um dos maiores perigos para derrubar aviões

Porém, durante a decolagem ou subida, a aeronave fica inclinada em uma posição conhecida como "ângulo de ataque": quando o nariz do avião e a frente da asa são levantados em relação à parte traseira. Conforme este ângulo aumenta, a sustentação da aeronave também aumenta e, para subir, o avião exige mais sustentação.

Ao ultrapassar o limite máximo de inclinação, chamado de ângulo de sustentação máxima, a aeronave entra em estol. Ou seja, perde sustentação rapidamente, ocasionando perda de altitude. Isso acontece porque a inclinação impede que o ar circule sobre a parte de cima da asa.

É como empurrar uma placa na posição vertical: o ar tem contato somente na parte da frente e o arrasto exige uma força bem maior do que se a placa estivesse na posição horizontal.

Além disso, como levantar o nariz da aeronave também diminui a velocidade, um avião pode entrar em situação de estol em um voo reto e nivelado se reduzir drasticamente a velocidade do voo. Isso porque em uma velocidade baixa, o ar que passa pela asa não é suficiente para gerar a sustentação.

Solução

Nas duas situações que podem gerar estol, a solução é colocar o nariz do avião para baixo, pois assim o ar passa novamente na parte superior da asa, a aeronave ganha velocidade e recupera a sustentação. Nesses casos, o piloto pode retomar o voo normalmente quando atingir uma velocidade segura.

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Por isso, as manobras de recuperação de estol fazem parte do treinamento constante de pilotos e todos os aviões contam com algum sistema de alerta sobre o momento em que a aeronave está entrando em situação de risco de estol.

Nos aviões de pequeno porte, a alerta sobre aproximação de estol pode ser com um sinal sonoro similar a uma buzina, mas as aeronaves comerciais costumam ter um sistema que emite uma vibração no manche.

Fonte: Shailon Ian, engenheiro aeronáutico.

*Com matéria publicada em maio de 2024

Reportagem

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