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Javier Milei dá a entender que Brasil deveria agradecer a ele por governo Trump ter taxado produtos do país em 'apenas' 10%

No podcast "La Cosa en Sí", Milei foi entrevistado pelo apresentador Alejandro Fantino. Em certo momento, Fantino trouxe à tona uma conversa na qual foi questionado sobre por que tanto o Brasil e a Argentina foram taxados em 10%, embora Milei seja aliado de primeira hora de Trump, enquanto o governo Lula, no Brasil, tem uma relação mais distante com a atual gestão dos EUA.

"Eu disse a eles: Pessoal, se o Brasil ficar doente, nós ficaremos doentes. Então, em algum momento, o Brasil deveria, não sei se deveriam agradecer...", disse Fantino.

"É verdade", concordou Milei.

Segundo Milei, não fosse sua relação com a Casa Branca, a Argentina deveria ter recebido uma tarifa de 35% "mais as penalidades" pelo déficit comercial americano com Buenos Aires. O presidente argentino argumentou que o impacto das tarifas nos outros países do Mercosul penalizaria indiretamente a Argentina, e por isso todos os países do bloco foram taxados em 10%.

"Isso gerava um desvio de comércio, estenderam para o Mercosul e quando viram o quanto pesava o Mercosul dentro da América do Sul, [disseram] 'vamos colocar tudo em 10 [porcento]'", explicou o presidente argentino, sem dar mais detalhes.

"Ou seja, se impusessem uma taxa de 35% ao Brasil, poderiam adoecer ou machucar a nós [na economia]", afirmou o apresentador. "Óbvio", respondeu Milei.

A entrevista ao podcast, realizada na noite de segunda-feira e transmitica ao vivo, durou mais de quatro horas e meia. De acordo com o jornal "La Nación", Fantino e Milei são amigos pessoais.

Fantino é uma personalidade de TV e atuava principalmente como locutor esportivo, tendo narrado jogos da Copa do Mundo de 2014, no Brasil, para uma rádio de seu país.

A conversa com Milei também abarcou outros assuntos, inclusive o técnico do Corinthians, Ramón Díaz.

"Ramón Díaz é um gênio. Estou esperando ir para o Brasil para vê-lo. Entende o folclore do futebol como ninguém", destacou Milei.

PIB da Argentina tem queda de 1,7% em 2024, primeiro ano de Javier Milei

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