O prefeito do Recife, João Campos (PSB), iniciou uma nova fase para turbinar os últimos meses da gestão antes de deixar o cargo, em abril, quando renunciará para ficar apto para a disputa pelo governo de Pernambuco.
A avaliação entre aliados é que João Campos deu uma trégua na intensidade no início do segundo mandato, após a reeleição com votação recorde no Recife em outubro de 2024, com 78% dos votos válidos no primeiro turno.
Nos bastidores, o entorno de João Campos diz que a redução do ritmo era normal, porque começou uma nova gestão, apesar de ter o mesmo prefeito no comando. A ordem agora é intensificar as ações, lançar novos programas e fazer entregas até a passagem de bastão para o vice-prefeito Victor Marques (PC do B), que assumirá a prefeitura em abril.
Para 2026, pesquisas de intenção de voto mostram João Campos à frente da governadora Raquel Lyra (PSD), que tentará a reeleição. O prefeito quer garantir uma boa votação na Região Metropolitana do Recife, que concentra 42% do eleitorado do estado.
De olho nisso, Campos quer priorizar áreas como infraestrutura, saúde e programas sociais. Uma das vitrines da gestão, o Hospital da Criança do Recife deve ser inaugurado em janeiro.
O prefeito também vai inaugurar nos próximos meses uma ponte que liga Areias (zona oeste) e Imbiribeira (zona sul) e pode reduzir os congestionamentos no trânsito do Recife. Outra ponte lançada na semana passada é a que vai ligar Cordeiro (zona oeste) a Casa Forte (zona norte) sobre o Rio Capibaribe, cujas obras começam em 2025.
Na área social, a gestão municipal lançou um programa de aluguel social para pessoas de baixa renda e vai regulamentar, nas próximas semanas, a criação de carteira de habilitação gratuita para moradores de baixa renda. Um novo programa social será lançado na próxima semana.
Com a transição iminente, João Campos tem delegado funções a Victor Marques. O vice-prefeito foi recentemente a Medellín, na Colômbia, em missão oficial para conhecer políticas públicas de mobilidade e inclusão social.
Politicamente, João Campos tem se dividido entre a presidência nacional do PSB e as articulações em Pernambuco. A tendência é que até o fim do ano ele volte a circular em cidades do interior em finais de semana, fora do expediente oficial.
A montagem da chapa majoritária é outro quebra-cabeça para João Campos. Um nome dado como certo na coligação é o do senador Humberto Costa (PT), aliado do presidente Lula que vai tentar a reeleição e tem se aproximado mais de João Campos, inclusive com idas a agendas do prefeito nos bairros.
A outra vaga para o Senado tem um imbróglio, já que está em disputa entre o ex-prefeito de Petrolina Miguel Coelho (União Brasil), a ex-deputada Marília Arraes (Solidariedade) e o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos).
Não está descartada a possibilidade do segundo senador apoiado por João Campos ser o deputado federal Eduardo da Fonte (PP), que atualmente é aliado de Raquel Lyra. Dudu, como é conhecido, porém, não tem cravado em qual palanque a federação União-PP estará no próximo ano.
"Não tenho dúvidas. Para onde a [federação] União Progressistas for, com certeza, estaremos encaminhando o próximo governador do estado", afirmou Eduardo da Fonte, que vai ser o presidente da federação em Pernambuco, em entrevista à rádio Folha, do Recife, na sexta-feira (17).
João Campos e Eduardo da Fonte foram aliados até 2023, quando o PP migrou para a base da governadora Raquel. Nos bastidores, deputados ligados a Eduardo da Fonte dizem que falta humildade a João Campos para fazer um gesto ao PP, enquanto aliados do prefeito dizem que ele evita esse aceno por desagradar Miguel Coelho e Silvio Costa Filho, que já são aliados há mais tempo.
Eduardo da Fonte é pré-candidato ao Senado. A interlocutores, tem dito que, de zero a dez, a chance de ser candidato a senador é onze, uma alusão ao número do seu partido.
O desejo de Raquel Lyra, que está em missão oficial na China em busca de investimentos para Pernambuco, é que Dudu da Fonte dispute o Senado na sua chapa.
A outra vaga pode ficar com o ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes Anderson Ferreira (PL). Mesmo com a possibilidade de ficar com a pecha de chapa bolsonarista na aliança da governadora, o PSD vê necessidade de ter um tempo de propaganda na TV expressivo para virar o jogo contra João Campos. Para isso, precisaria do somatório de forças de PSD, PP-União e PL.
Nesse cenário, seria preciso derrubar, nos bastidores, a intenção do ex-ministro do Turismo Gilson Machado (PL) de ser candidato a senador. Isso porque Raquel Lyra não tem proximidade com Gilson e também tem diferenças ideológicas com o bolsonarismo.
Anderson Ferreira tem o apoio de Valdemar, enquanto Gilson, o do ex-presidente Jair Bolsonaro. O PL deve lançar só um candidato a senador no estado.

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4 horas atrás
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