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João Pessoa: Projeto de Lei proíbe crianças em paradas LGBT

Política

Texto seguirá para análise do prefeito da cidade, Cícero Lucena (PP)

João Pessoa lei LGBT Projeto de Lei vê 'necessidade proteger as crianças' | Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

A Câmara de Vereadores de João Pessoa (PB) aprovou, nesta terça-feira, 7, Projeto de Lei (PL) que veta a participação de crianças em paradas LGBT. O projeto é de autoria do vereador Tarcísio Jardim (PP) e seguirá para análise do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP).

O texto afirma que há uma “necessidade proteger as crianças da participação, muitas vezes contra a vontade delas, de eventos que originalmente possuíam o caráter respeitoso e educativo, mas que vêm ganhando tons desvirtuados ultimamente”.

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“Na minha visão, e na visão de muitas pessoas que me procuraram para protocolar este projeto, não devemos deixar que as crianças recebam influência, de forma ostensiva, de pautas que não condizem com a idade e a maturidade delas”, argumentou Tarcísio Jardim.

De acordo com ele, qualquer assunto de “cunho sexual” deve ser abordado em casa, “com inteligência e moderação”, e pelos seus próprios pais da criança.

Jardim declarou que a criança tem que se preocupar em ser criança, estudar, brincar e estar no convívio familiar. “Não devem estar em manifestação sexual, que muitas vezes extrapola os limites do que a população quer ver”.

O movimento LGBT – que começou como GLS e hoje tem como sigla oficial a LGBTQIAPN+ – realiza uma parada em João Pessoa no dia 29.

Se a lei for sancionada, as empresas responsáveis pela organização do evento poderão receber punições. Caso não atendam à exigência do projeto, terão uma advertência na primeira infração ou pagarão multa de até R$ 4,7 mil, se houver reincidência.

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Representante do PT

João Pessoa lei LGBTMovimento LGBT realiza parada em João Pessoa no dia 29 | Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Único vereador a votar contra o projeto, Carlos Henriques (PT) acredita que a ideia de proibir a ida de crianças às paradas fere a liberdade e a diversidade.

“Eu fui contra porque eu entendo que esses eventos da diversidade são eventos educativos, eventos formativos, são eventos em que formam cidadãos e cidadãs”, contou, em entrevista ao Correio Braziliense.

Nas redes sociais, o movimento LGBT da Paraíba afirmou que o projeto tenta “criminalizar o evento e imputar o estigma de perversão sexual às pessoas ligadas ao movimento”.

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