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Joesley, um diplomata brasileiro

Com negócios nas áreas de energia, óleo e gás na Venezuela, a J&F, holding dos irmãos Batista, teria muito a perder com a deflagração de uma guerra pelos EUA. Já a aproximação com Trump começou no segundo mandato do presidente americano, com uma doação de US$ 5 milhões para a festa de posse. Pouco depois, a JBS conseguiu destravar o processo de IPO (Initial Public Offering ou Oferta Pública Inicial, na sigla em inglês) na Bolsa de Nova York, que estava obstruído na SEC (a Comissão de Valores Mobiliários americana).

A aproximação também levou à liberação do visto dos empresários, que era negado desde a Lava Jato.

O grupo J&F entrou no setor de energia e óleo e gás nos últimos dois anos, com a aquisição da Âmbar Energia e da Fluxus — ambas com interesses na Venezuela. Como ninguém faz negócios com o país vizinho sem passar pelo Palácio de Miraflores, os Batista passaram a manter contatos estreitos com autoridades venezuelanas.

A Fluxus tem escritório em Caracas e está há mais de ano prospectando reservatórios de petróleo do país, com perspectiva de médio prazo. Dona de grandes reservas de petróleo, a Venezuela depende de empresas privadas para conseguir extrair o produto.

Já a Âmbar Energia controla a distribuidora de energia de Roraima e depende da compra de energia da Venezuela, uma vez que o estado não está ligado ao Sistema Interligado Nacional.

A entrada da Âmbar marcou a retomada da compra de energia venezuelana pelo Brasil, que havia sido interrompida no governo Bolsonaro por razões técnicas do lado venezuelano. No passado, a comercialização se dava entre estatais dos dois lados, sendo a Eletronorte pelo lado brasileiro, posto agora ocupado pela Âmbar. O preço da energia, contudo, é estimado em um valor dez vezes superior ao que havia sido anunciado pelo governo brasileiro, como mostrou a revista "Piauí".

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