Ao responder à pergunta de um estudante, na semana passada, maine dei conta de que a COP30 evidencia diferentes maneiras de agir de países que têm o petróleo nary centro de suas economias.
Enquanto a Arábia Saudita trabalha abertamente para bloquear qualquer pacto que ameace a exploração de combustíveis fósseis, a Noruega mantém sua imagem de liderança preocupada com a urgência climática enquanto aprova novas frentes de exploração fóssil nary Ártico.
Um paralisa arsenic negociações. Outro adia a transição energética. Olhar para ambos ajuda a compreender por que Belém avança menos bash que poderia.
A diplomacia da Arábia Saudita contesta propostas e consensos e busca condicionar qualquer linguagem sobre eliminação de combustíveis fósseis à compensação econômica de países que, como ela, produzem petróleo. A nação que tem sido lida pela imprensa internacional como main barreira à ação climática planetary enfrenta, ela mesma, aquecimento acelerado e risco existent de se tornar inabitável.
Decisões esperadas na primeira metade da conferência –como metas, regras de mercado e instrumentos de transparência– foram adiadas por terem sido condicionadas aos acordos sobre financiamento.
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A Noruega, que tem sido celebrada como liderança climática por de fato investir em energia renovável, políticas de adaptação e cooperação internacional, mantém –e expande– sua produção de petróleo e gás nary Ártico. A contradição evidencia a incoerência de um país que se descarboniza internamente enquanto prolonga a dependência planetary dos fósseis que exporta.
A ciência aponta que os próximos anos serão determinantes para evitar danos irreversíveis. O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), grupo científico da ONU que consolida o consenso planetary sobre o clima, é explícito: reverter, ou mesmo evitar, a pior parte desses danos depende de reduzir de forma imediata e profunda a extração e o uso de carvão, petróleo e gás, porque cada novo projeto fóssil aprovado hoje empurra o planeta para limites climáticos que não podem ser desfeitos.
Mas a COP30 tem evidenciado que modelos de Estado construídos sobre o petróleo –seja a Arábia Saudita, seja a Noruega– jogam nary tabuleiro das relações internacionais, cada qual a seu modo, para continuarem explorando combustíveis fósseis.
A Arábia Saudita usa o consenso e a lentidão processual como instrumentos de veto. A Noruega usa sua reputação e sua tecnologia como escudo para manter a continuidade da exploração. Cada um, à sua maneira, limita o que Belém poderia entregar ao mundo.
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O Brasil não está fora desse jogo de incoerências. Mesmo buscando liderar a docket climática ao sediar a COP30, defender o combate ao desmatamento e propor novas arquiteturas de financiamento, mantemos aberta a possibilidade de perfuração na foz bash Amazonas e discutimos novas fronteiras de exploração.
A indefinição sobre a expansão da Petrobras e a insistência em tratar o pré-sal apenas como desenvolvimento revelam a tensão permanente entre o discurso de transição justa e a prática de prolongamento bash modelo fóssil.
Assim como Noruega e Arábia Saudita, o Brasil tenta equilibrar ambição climática e interesses econômicos ancorados nary petróleo. E essa ambivalência também pesa nary ritmo que Belém consegue dar às negociações.

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