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Jovem trans sofreu agressões e abuso sexual durante semanas antes de ser assassinado nos EUA

Nesta quarta-feira (5), a Justiça acusou sete pessoas pela morte de Sam Nordquist, um homem negro de 24 anos, e deu detalhes do crime: 'Foi tratado como um cachorro'. O corpo foi encontrado no dia 13 de fevereiro.


Sam Nordquist — Foto: New York State Police via AP

O jovem trans Sam Nordquist, um homem negro de 24 anos encontrado morto no estado de Nova York em fevereiro, foi sequestrado, espancado, torturado e abusado sexualmente durante semanas antes de ter o seu corpo descartado.

Os detalhes do assassinato, que mobilizou a comunidade transgênero nos Estados Unidos, foram revelados pelos promotores que cuidam do caso nesta quarta-feira (5). Sete pessoas foram acusadas de assassinato em primeiro grau pela morte de Sam.

"Sam foi espancado, agredido e abusado sexualmente. Ele passou fome, foi mantido em cativeiro e não conseguimos entender isso", afirmou Kelly Wolford, assistente do promotor do condado de Ontário.

Nordquist viajou de Minnesota para Nova York para se encontrar com uma pessoa que havia conhecido on-line. Ela está entre os réus.

A família dele não sabia de seu paradeiro desde janeiro e ele foi visto com vida pela última vez no início de fevereiro.

"Sam estava confinado. Obrigaram-lhe a se ajoelhar e ficar contra a parede. Ele foi agredido fisicamente. Ele foi tratado como um cachorro", descreveu a vice-promotora, detalhando, ainda, que a vítima foi forçada a ingerir excrementos e urina.

Os suspeitos haviam sido originalmente indiciados por acusações menores, mas agora, com a nova acusação, podem ser condenados à prisão perpétua sem liberdade condicional, segundo os promotores.

Aparentemente, dois menores, de 7 e 12 anos, foram envolvidos no espancamento de Nordquist, que foi brutalizado em um motel em Canandaigua.

"Eles também são vítimas. Podem ter sido forçados a participar", afirma Wolford.

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