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Até o momento, o número global de entrevistados que dizem usar a IA todas as semanas para se informar é "relativamente baixo" (7%), destaca o relatório.
Mas essa proporção é "mais alta" entre os mais jovens: sobe para 12% entre os menores de 35 anos e para 15% entre os menores de 25.
O ChatGPT também é utilizado como um interlocutor ou até mesmo "confiante" por pessoas que sentem a necessidade de comunicar com seu "chatbot" para temas pessoais, ou até mesmo íntimos.
Assim, um quarto (26%) dos franceses declararam que utilizaram a Inteligência Artificial em sua vida privada em 2024, um progresso de dez pontos em um ano, segundo o Barômetro Digital publicado anualmente.
Driblar os meios tradicionais
O relatório do Instituto Reuters, vinculado à universidade britânica de Oxford, é considerado uma referência na matéria.
O ChatGPT (da empresa americana OpenAI) é o mais utilizado como fonte de informação, seguido pelo Gemini do Google e o Llama da Meta, constatam os especialistas.
Além disso, os entrevistados consideram essas ferramentas interessantes para personalizar a informação e adaptá-la melhor às suas necessidades como usuários.
Trata-se, por exemplo, de resumir artigos para poder lê-los mais rapidamente (27% dos entrevistados), traduzi-los para outros idiomas (24%), fazer recomendações (21%) e inclusive responder a perguntas sobre a atualidade (18%).
No entanto, apesar desse uso emergente, os entrevistados na maioria dos países "seguem sendo céticos em relação ao uso da IA no âmbito informativo e preferem que os humanos sigam desempenhando um papel".
Os entrevistados temem que a informação produzida principalmente pela IA seja "menos transparente" e "menos confiável".
Os modelos de IA se alimentam de dados que encontram na Internet, incluindo conteúdos de imprensa, com o objetivo de poder gerar textos ou imagens a partir de uma simples solicitação formulada em linguagem natural por seus usuários.
Para obter lucros, alguns veículos optaram por chegar a acordos com os atores da IA. No entanto, outros empreenderam ações legais por violação de direitos autorais.
Esse panorama se une à baixa credibilidade de meios de comunicação tradicionais, segundo outras pesquisas.
"Essa mudança permitiu a políticos como Donald Trump nos Estados Unidos e Javier Milei na Argentina driblar os meios de comunicação tradicionais", alerta o texto.
Escasso sucesso das alternativas ao X
Igualmente, o X nas mãos do bilionário Elon Musk continua sendo a grande plataforma de debate público mundial, apesar das críticas dos meios de comunicação tradicionais e de alguns anúncios de organismos, figuras públicas ou empresas que abandonaram estrondosamente o fórum.
"É surpreendente observar que a capacidade do X de alcançar o público no âmbito da informação não diminuiu (...), apesar do êxodo de usuários de esquerda e jornalistas, entre eles alguns veículos reconhecidos", escreve o Instituto Reuters.
Dos entrevistados, 11% afirma ter utilizado o X para se informar na semana anterior à pesquisa, uma proporção idêntica à dos anos anteriores. A rede fica atrás do Facebook (26%), YouTube (21%), Instagram (16%, o único que aumentou) e WhatsApp (15%).
Apresentadas como alternativa ao X, as redes Bluesky, Threads e Mastodon "têm pouco impacto" no âmbito da informação e só são mencionadas por no máximo 2% dos entrevistados.
O uso do X para se informar inclusive aumentou nos Estados Unidos (23% dos entrevistados, +8 pontos em comparação com 2024).
Ao abandonar a arena de debate, os opositores de esquerda ou os críticos de Musk permitiram que os setores conservadores ganhassem terreno, explica o texto.
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