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Juiz do DF pede lista de informações negadas pelo BRB sobre compra do Master

O TJDFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios) pediu para que o deputado distrital Fábio Félix (PSOL) apresente a lista de informações negadas pelo BRB (Banco de Brasília) à Câmara Legislativa do Distrito Federal antes da votação do projeto que deu aval à compra do Banco Master —posteriormente barrada pelo Banco Central.

O deputado pedia ao BRB, por exemplo, a descrição completa da operação, além de informações objetivas, como a existência ou não de uma "proposta formal de aquisição por parte do Banco Master" e em que data.

Mesmo sendo controlado pelo Governo do Distrito Federal, o BRB enviou um documento de apenas duas páginas com respostas genéricas.

O banco disse que as informações requisitadas diziam "respeito a processo estratégico de natureza concorrencial do setor bancário" e que a divulgação "comprometeria o posicionamento estratégico e competitividade da instituição".

Com a negativa, o distrital acionou a Justiça. Na decisão assinada em 10 de dezembro, o juiz Carlos Eduardo Batista dos Santos agora pede para que o parlamentar apresente a relação dos dados requeridos ao banco, para nova avaliação.

Em nota, o BRB disse que "reafirma seu compromisso com a transparência e esclarece que tem acatado todas as decisões legais".

Em uma das poucas respostas enviadas a Félix, o BRB dizia que a compra do Master criaria "um conglomerado prudencial robusto, moderno e completo" e que o banco de Daniel Vorcaro era especializado em "atacado, consignado, câmbio e mercado de capitais".

"Benefícios para o BRB e o Distrito Federal: amplia receita, base de clientes e diversifica produtos; eleva potencial de dividendos para o GDF [Governo do Distrito Federal]; projeta o BRB como banco nacional, competitivo e público", disse o BRB no ofício de 13 de março.

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