Os humanos logo perceberam que algumas constelações só podem ser vistas em determinadas épocas do ano, devido à órbita da Terra em torno do Sol. Essas observações levaram povos de diferentes continentes a se guiar pelas estrelas para a realização de rituais religiosos ou marcação do tempo, especialmente da época de plantio e colheita.
Cada grupo possuía suas próprias constelações e o mesmo conjunto de estrelas podia ter nome e significado diferentes. É o caso da Cruzeiro do Sul, que foi "transformada" pelos navegantes europeus a partir da constelação do Centauro para os gregos. Se para alguns ela representa uma cruz, para alguns povos indígenas ela é, na verdade, uma armadilha para pegar peixe.
Embora ainda não se saiba a origem e data exata da criação dessas constelações, as descrições de Ptolomeu foram provavelmente influenciadas por trabalhos de pesquisadores de 350 a.C. Alguns estudos arqueológicos identificaram possíveis marcações astronômicas parecidas com constelações há cerca de 17 mil anos, em uma caverna no sul da França.
Entre os séculos 16 e 17, outras constelações foram acrescentadas à lista de Ptolomeu, principalmente por astrônomos e cartógrafos europeus que aproveitaram o período de "descobertas" de terras no Hemisfério Sul para estudar o céu dessa parte do planeta.
Mas, com o avanço científico, o conceito de constelação mudou um pouco. Em 1930, a União Astronômica Internacional, órgão responsável por dar nomes a corpos celestes, dividiu geometricamente a esfera celeste em 88 partes.
Dessa maneira, qualquer objeto celeste que estiver na região de uma constelação, além das estrelas, também é considerado parte da constelação.
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