A juíza Celina Kiyomi Toyoshima, da 4ª Vara da Fazenda Pública, determinou nesta sexta-feira (28) que a construtora Tenda interrompa a derrubada de árvores na avenida Guilherme Dumont Villares, no Butantã, na zona oeste de São Paulo. Autorizado pela gestão Ricardo Nunes (MDB), o trabalho foi iniciado na quarta-feira (26). A autorização inclui 384 árvores no local.
A decisão liminar da juíza se deu após manifestação do promotor Marcelo Ferreira de Souza Netto, do Ministério Público de São Paulo, que foi acionado os deputados federal Luciene Cavalcanti e estadual Carlos Giannazi e o vereador Celso Gianazzi, todos do PSOL.
Em sua decisão, a magistrada acolheu os argumentos de necessidade de proteção do meio ambiente e da irreversibilidade da derrubada das árvores.
O promotor afirmou, em sua manifestação, que o processo administrativo referente à obra tramitou sem possibilidade de consulta pública, com indícios de infração aos princípios da transparência e da defesa e preservação do território e dos recursos naturais do município.
Como mostrou reportagem da Folha, a gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) e a construtora firmaram um TCA (Termo de Compromisso Ambiental) que prevê o corte das árvores, inclusive as 128 nativas.
No local, a empresa deverá construir quatro torres com nove andares cada —serão mais de 700 apartamentos de 31 e 33 metros quadrados, no chamado Max Vila Sônia.
Em compensação, a empresa deverá plantar 221 mudas de espécies nativas, na mesma região. Segundo a prefeitura, o replantio deverá ser feito somente após o término das obras, que ainda não foram iniciadas.
Além disso, a Tenda deverá doar cerca de R$ 2,5 milhões, o equivalente ao preço de 530 mudas, para o Fundo Especial de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, vinculado à Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente.
O dinheiro poderá ser utilizado para a prefeitura fazer jardins em calçadas e benfeitorias em áreas verdes, como parques.
Procurada sobre o início dos cortes, a Tenda disse que o projeto do empreendimento Max Vila Sônia foi devidamente aprovado pela prefeitura, com tramitação regular junto às secretarias de Habitação e do Verde e do Meio Ambiente.
"Ressalta, ainda, que o processo de aprovação contemplou a compensação arbórea por meio de plantio no próprio empreendimento e junto ao Fundo Especial do Meio Ambiente, conforme determina a Legislação Municipal", afirma a nota.
PROTESTOS E POLÊMICA
O acordo tem sido alvo de protesto de moradores em razão da autorização para derrubada de árvores. No Alto da Lapa, por exemplo, um grupo, que se intitula Salve o Bosque, protesta contra o aval da gestão Nunes para a construtora Tegra retirar 118 árvores do chamado Bosque dos Salesianos e construir prédios residenciais.
O terreno fazia parte da Unisal (Centro Universitário Salesiano de São Paulo), que o vendeu para a construtora em maio de 2024.

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