Keeta chega a São Paulo com cupons de R$ 200, entrega grátis e mais; saiba

Para conquistar o público, a estratégia é agressiva: cupons de até R$ 200 para novos usuários, cupons de R$ 50 por atrasos, frete grátis na maioria dos restaurantes e até benefícios para entregadores, que incluem suporte em tempo real por meio de um capacete com navegação via Bluetooth. O TechTudo esteve em São Paulo para acompanhar de perto a chegada da empresa e, a seguir, conta todos os detalhes. Confira!

Depois do piloto no litoral paulista, a Keeta inicia sua operação em São Paulo e na região metropolitana. Segundo Tony Qiu, o objetivo da empresa é ajudar os brasileiros “a comerem a melhor comida possível”, e, para isso, o primeiro passo é fortalecer a base de parceiros. Nesse avanço, a plataforma já reúne 98.200 entregadores e mais de 27 mil restaurantes cadastrados, todos sem contrato de exclusividade — um modelo que, segundo Qiu, deve ampliar a concorrência e melhorar as condições para todo o setor.

Para garantir uma boa experiência logo de início, além do cupom de R$ 200 de boas-vindas, a empresa promete um tempo médio de entrega de até 30 minutos, 90% das corridas rastreáveis e frete grátis em mais de 90% dos restaurantes. A Keeta afirma ainda que, em casos de atraso de 15 minutos além do previsto, o usuário poderá receber um cupom de R$ 50 como compensação. E, em situações de problema, o atendimento será sempre feito por humanos, para reforçar a confiança do serviço.

Para os entregadores parceiros, as novidades também são muitas. Sobre ganhos, Qiu afirma que a remuneração em São Paulo e na região metropolitana “deve ser comparável à de Santos”, na qual os riders receberam cerca de R$ 30 por hora, com faturamento entre R$ 200 e R$ 250 em dias de semana e de R$ 300 a R$ 400 nos finais de semana.

A empresa também planeja inaugurar, até o fim do ano, um Centro de Suporte ao Entregador na região de Santo Amaro, com banheiros, cozinhas com micro-ondas e áreas de descanso. No hub, os parceiros também poderão participar de treinamentos presenciais e contar com atendimento de help desk.

A Keeta também prepara benefícios específicos para os ciclistas cadastrados. Um deles é o capacete inteligente com navegação via Bluetooth, que se conecta ao aplicativo e será disponibilizado gratuitamente. O dispositivo oferece orientações de rota por áudio, sensor de velocidade, alarme automático em caso de queda e contato direto com a central de segurança. Segundo Tony Qiu, a ideia é que o entregador “não precise usar o celular para navegar”, reduzindo riscos no trânsito. Vale destacar que o aparelho também poderá ser usado para ouvir música, via Spotify e YouTube.

Já para os restaurantes, as condições são ainda mais competitivas. Segundo Danillo Mansano, vice-presidente de parcerias estratégicas da Keeta, as taxas cobradas serão até 3 pontos percentuais menores do que as do iFood, atual líder do mercado brasileiro, cujas comissões podem chegar a cerca de 23% nos planos com entrega. A empresa reforça ainda que não haverá contratos de exclusividade, prática que, segundo ela, encarece a operação para restaurantes que ficam fora desses acordos.

Inclusive, como parte desse esforço para ampliar a liberdade de escolha, a Keeta aposta na chamada “compra intermediada”. Com essa função, o cliente poderá pedir pratos de estabelecimentos que ainda não fazem parte da plataforma. Para isso, o sistema se encarrega de contatar o restaurante por telefone ou pelo aplicativo do próprio estabelecimento e registrar o pedido. Depois disso, a solicitação é enviada ao entregador, que vai até o local, faz a retirada e conclui a entrega.

A Keeta também mira longe quando o assunto é expansão no Brasil. Tony Qiu afirma que o país é considerado o maior mercado potencial da empresa fora da China e que a meta é cobrir 80% da população brasileira até o fim de 2026. Para isso, a estratégia combina o fortalecimento da rede logística, novas ferramentas de marketing para restaurantes parceiros e o lançamento de novos serviços já no próximo ano.

Inclusive, tecnologias mais avançadas estão no radar: ao ser questionado sobre entregas por drone, Tony lembrou que “se você for à Muralha da China, já verá drones Keeta entregando”, mas ponderou que, no Brasil, isso ainda depende de regulamentação específica. Enquanto a legislação não avança, a empresa concentra esforços em acelerar presença, operações e inovação.

*A jornalista esteve em São Paulo a convite da marca.