O primeiro petardo veio da sociedade. As manifestações vultosas de domingo, em que ficou claro que a população não apoia a PEC da blindagem, o pedágio pago na Câmara para, aí sim, votar a anistia, nem tão pouco liberou geral para quem tentou um golpe. O clamor das ruas foi a senha para o PT fechar questão contra qualquer acordo de redução de penas ainda no início da segunda-feira, ao passo que o PL mantinha-se irredutível no polo oposto, reivindicando o perdão amplo geral e irrestrito aos golpistas.Amanda Klein
O cenário institucional ficou ainda mais tenso após sanções dos EUA atingirem a esposa do ministro Alexandre de Moraes, autoridades do governo e juízes do Supremo. Amanda Klein avalia que a reação dos ministros do STF ao episódio inviabilizou acordos de redução de penas costurados por Michel Temer.
Mas a pá de cal, pelo menos por hora, veio mais tarde, ao longo do dia. A sanções impostas pelos Estados Unidos, a mulher de Alexandre de Moraes e autoridades do governo Lula, como o ministro da Advocacia Geral da União, Jorge Messias, e também juízes auxiliares e assessores de Moraes, que perderam o visto. Esse lance, fruto da radicalização do braço do bolsonarismo baseado nos Estados Unidos, representado por Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo, ameaça o acordo intermediado por Michel Temer e o relator do PL da Dosimetria, Paulinho da Força, na casa de Temer, em São Paulo, com os ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes. Eles haviam topado a redução de penas. Não mais. Os ministros estão furiosos com mais esse disparo político do governo Trump.Amanda Klein
Sobre a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil, Amanda Klein relata que o projeto não avança na Câmara. Arthur Lira, relator da proposta, reconheceu que há acordo sobre a isenção, mas não sobre as contrapartidas, especialmente a taxação dos mais ricos.
O governo Lula vive atordoado sem conseguir impor sua pauta, sua agenda no Congresso Nacional. O principal projeto do governo, que é a isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil, relatado pelo todo-poderoso Arthur Lira, não avança. Ontem, ele admitiu em painel do BTG Pactual, que eu mediei, que há um acordo sobre o mérito do projeto, que é a isenção para a população de mais baixa renda. Mas não sobre a contrapartida, que é a taxação em até 10% do andar de cima, dos mais ricos, da cobertura, como gosta de dizer Fernando Haddad. Lira argumenta que são múltiplas as visões na Câmara e está difícil chegar a um consenso. Amanda Klein
Em bom português, ele não garante nada. Se o parlamentar, provavelmente mais influente do Congresso, não garante, é sinal de alerta para o governo. Esse projeto de lei só funciona porque é fiscalmente neutro, senão pode representar uma verdadeira bomba fiscal.Amanda Klein

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1 mês atrás
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