O episódio que gerou fortes reações da comunidade internacional e suspeitas de aproximação entre Washington e Moscou. Questionado se houve novo contato entre Trump e o presidente russo, Vladimir Putin, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, respondeu: "nenhum (contato) que possa ser tornado público".
Peskov não criticou a postura de Trump, mas acusou Zelensky de "uma completa falta de abilidade diplomática, no mínimo" e disse que o episódio mostrou que será difícil uma negociação com Kiev.
O porta-voz afirmou ainda que Putin "está ciente" do bate-boa, mas não quis dizer se ele fez comentários sobre a discussão.
Primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, recebe presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em sua residência presidencial em Londres em 1º de março de 2025. — Foto: Peter Nicholls/Pool Photo via AP
O Reino Unido, a França e a Ucrânia concordaram em elaborar um plano de cessar-fogo na guerra para apresentar aos Estados Unidos, disse o primeiro-ministro britânico Keir Starmer neste domingo (2), antes de cúpula de líderes europeus em Londres.
Starmer descreveu a decisão como "um passo na direção" certa após o bate-boca entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e Zelensky na Casa Branca na sexta-feira. Na ocasião, Trump acusou o presidente ucraniano de ser ingrato pelo apoio dos EUA na luta contra a invasão russa, e o encontro terminou sem a assinatura do acordo de terras raras na Ucrânia.
"Em vez de cada país da Europa avançar separadamente, o que seria bastante lento, provavelmente precisamos formar agora uma coalizão dos dispostos", disse Starmer.
Além disso, líderes europeus se reunirão em Londres neste domingo para discutir apoio para à Ucrânia, encarado como um importante passo para avançar em direção ao final do conflito. O objetivo do encontro é discutir ajuda militar à Ucrânia e garantir a segurança dos países europeus. (Leia mais abaixo)
Starmer disse aos líderes europeus na reunião deste domingo que é necessário aproveitar esse "momento único de uma geração" para intensificar o apoio à Ucrânia e, consequentemente, para a segurança da Europa. "Ainda que a Rússia fale sobre paz, eles continuam com sua agressão implacável. (...) Precisamos definir quais passos sairão desta reunião para alcançar a paz por meio da força, em benefício de todos", afirmou.
Starmer também afirmou à BBC que está focado em atuar como um mediador para restaurar as negociações de paz e criar uma nova oportunidade de aproximação entre Trump, Zelensky e o presidente francês, Emmanuel Macron, em vez de “aumentar a retórica”. Starmer e Macron conversaram novamente com Trump após o bate-boca de sexta-feira.
O premiê britânico também disse à BBC que "a relação entre os EUA e o Reino Unido é a mais próxima entre dois países no mundo", e por isso acredita que os EUA trabalharão junto com o Reino Unido para um cessar-fogo na guerra da Ucrânia caso os europeus forneçam garantias de segurança aos ucranianos.

Líderes europeus se encontram para discutir plano de paz com Ucrânia
Keir Starmer afirmou ainda à BBC acreditar que Donald Trump "quer uma paz duradoura" entre Rússia e Ucrânia, e para alcançar essa paz duradoura serão necessários três elementos:
- Uma "Ucrânia forte" para continuar a lutar, se necessário, e manter uma posição robusta para negociar;
- A presença da Europa, com garantias de segurança;
- O apoio dos EUA.
O premiê disse confiar tanto em Trump quanto em Zelensky e admitiu que este é um "momento de fragilidade na Europa".
Encontro de líderes europeus
Líderes europeus se reúnem em cúpula para discutir apoio à Ucrânia em 2 de março de 2025. — Foto: Justin Tallis/Pool via AP
Cerca de 15 líderes europeus devem se reunir em Londres, junto com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, neste domingo (2). O objetivo da reunião é discutir ajuda militar à Ucrânia e garantir a segurança dos países europeus.
A Ucrânia trava uma guerra contra a Rússia desde 2022, quando o governo de Vladimir Putin invadiu o território ucraniano. Os ucranianos estão ameaçados de perder a ajuda financeira e militar dos Estados Unidos desde que Donald Trump assumiu o cargo, em janeiro. Trump tenta forçar Zelensky a aceitar um acordo de paz, enquanto o presidente ucraniano cobra garantias de que Putin não volte futuramente a avançar sobre a Ucrânia.
No último sábado (1º), o presidente ucraniano já tinha se encontrado com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer. Segundo a Reuters, eles assinaram um novo empréstimo de 2,26 bilhões de libras (aproximadamente R$ 16,7 bilhões) para ajudar a Ucrânia na guerra contra a Rússia.
Durante a reunião no Salão Oval, o presidente americano criticou Zelensky na frente das câmeras, dizendo que ele estava "em uma posição muito ruim" e que poderia causar uma "Terceira Guerra Mundial". Trump ainda disse que, se a Ucrânia não fizer um acordo, os Estados Unidos cortarão a ajuda aos ucranianos.
Depois dessa discussão, muitos líderes europeus correram para apoiar Zelensky. Eles acreditam que ele foi a Washington para assinar um acordo que permitiria aos Estados Unidos explorar os recursos minerais da Ucrânia em troca de garantias de segurança, conforme divulgado pela agência de notícias France Presse (AFP).
O que esperar da reunião em Londres?
Volodymyr Zelensky — Foto: REUTERS/Caitlin Ochs
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, garantiu a Zelensky que o Reino Unido vai continuar apoiando a Ucrânia.
A reunião em Londres é uma continuação da cúpula que aconteceu em Paris em fevereiro, afirmou a Downing Street, residência oficial do premiê britânico.
Ou seja, os líderes devem discutir como fortalecer a posição da Ucrânia, incluindo mais apoio militar e aumento da pressão econômica sobre a Rússia.
Os participantes também devem falar ainda sobre a importância de a Europa se preparar para defender a si mesma, caso os Estados Unidos retirem seu apoio militar e nuclear.
O presidente francês, Emmanuel Macron, disse que está pronto para discutir uma possível defesa nuclear europeia, após um pedido do futuro chanceler alemão, Friedrich Merz.
Merz acredita que a Europa deve se preparar para o pior cenário, em que a Otan seria abandonada pelos Estados Unidos, e quer discutir a possibilidade de França e Reino Unido oferecerem um "guarda-chuva de segurança nuclear" para os outros países aliados.

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8 meses atrás
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