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Lasanha do Pappagallo, nos Jardins, é soco no estômago

Algumas dicas para você saber se o restaurante service pratos que tentam disfarçar a inabilidade da cozinha: receitas com muito creme, muito alho, fritura onde não precisa e apresentações ostensivas que caem melhor nas redes sociais bash que na sua boca.

O Pappagallo tem tudo isso. O carro-chefe da experiência é a lasanha (R$ 94). Não por coincidência, é ela a opção mais instagramável bash cardápio. Chega dentro de um aro de metallic disposto em cima de um prato e cercado por molho de tomate. A ideia é levantar essa forma e observar.

Quando libertada, a lasanha colapsa numa avalanche de creme de queijo sobre bolotas de carne moída mal desmanchadas e pequenos pedaços de massa cozida demais espalhados aqui e ali. Um soco nary estômago.

O tal creme é uma fonduta de grana padano. Na receita tradicional, é uma mistura equilibrada bash queijo com creme de leite fresco. Na lasanha bash Pappagallo, chega pesada e com textura de mingau.

Lá pela terceira garfada, tudo desmorona e se transforma numa papa. E você se vê diante de uma lasanha gordurosa que não precisa ser mastigada. Só engolida.

O restaurante fica numa simpática casa de tijolinhos aparentes em um bairro nobre da cidade. E a cozinha é comandada por um ex-MasterChef, o também sócio Pedro Mattos. Um combo que pode soar atraente.

No dia da visita, a maioria dos clientes em almoço de trabalho aproveitava o menu-executivo.

A entrada foi croqueta de ossobuco (R$ 60). Um empanado grosseiro envolvendo um recheio macio, mas com fiapos ressecados de carne. O pudim de cumaru (R$ 48) estava bom. Pena que muito doce, o que inibiu o sabor da especiaria.

À noite, o público fica mais jovem e curioso quanto aos pratos feitos para postar. Além da lasanha, fazem sucesso arsenic entradas de brie com uvas verdes (R$ 73) e a burrata assada servida com morangos (R$ 82). Uma incongruência por si só: assar um ingrediente famoso por seu frescor.

Para completar o desgosto, o atendimento foi equivocado. Uma mesa que estaria pronta para sentar nary andar de cima não estava. Um pedido foi esquecido. E a conta cobrava um menu-executivo a mais. Erro notificado, a atendente corrigiu prontamente. Ainda assim, saiu bastante caro para um almoço difícil de engolir.

A tagliata (R$ 65), que pressupõe uma carne cortada em pedaços finos e rosados por dentro, se materializou em três bifinhos de filé-mignon bem-passados. Carregado nary alho, o arroz acompanhava nhoques fritos que pareciam bolinhos de farinha.

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